– A data foi definida em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino americanas e Afro-caribenhas, realizado em Santo Domingo na República Dominicana –

Parte importante e representativa da sociedade brasileira, as mulheres negras lutam por justiça e inclusão social. No Brasil, as negras e negros correspondem a 53% da população, algo em torno de 110 milhões de pessoas.

A maioria, no entanto, sofre com a pobreza e vive nas periferias e áreas metropolitanas dos grandes centros urbanos, locais marcados pela violência e esquecidos pelo Estado. Além da desigualdade econômica, enfrentam a discriminação e o preconceito racial.

O setor mais precarizado do trabalho, a mão de obra terceirizada, tem o rosto da mulher negra. Os serviços de limpeza contratados através da terceirização, por exemplo, mantém a grande maioria de mulheres negras como empregadas. Realidade que ainda traz resquícios da escravidão, aliada à ideia de que é a mulher quem deve realizar as tarefas domésticas.

Diante deste contexto, nesse dia 25 de julho, as mulheres negras tem pouco a comemorar. São elas as mais afetadas pela Lei da Terceirização e pela Reforma Trabalhista, implementadas pelo governo Temer, que aprovou a terceirização irrestrita e retirou direitos históricos dos trabalhadores e trabalhadoras.

O Sindimetrô/RS segue junto a luta das mulheres negras pela igualdade de direitos, combatendo à terceirização e toda forma de opressão. A luta contra o racismo é de todo metroviário e metroviária! Deve ser, enfim, bandeira de uma sociedade que busca equidade e justiça social.