Assim como a saúde, a educação e o saneamento básico, o transporte é um direito. A venda de uma empresa pública impacta muito na vida da população. Por isso a população deve fazer parte do debate sobre o futuro de decisões como essas. Nosso alerta à população gaúcha segue: a privatização da Trensurb não irá resolver os problemas.
Precisamos de um projeto de investimentos públicos para qualificar o serviço, com retorno à sociedade. Para isso pagamos impostos: para a melhoria da qualidade de vida. A garantia desses direitos se faz com políticas públicas e com pressão social. A luta é contra toda e qualquer ameaça aos direitos sociais.
O jornal A Verdade fez um levantamento da situação da CBTU-MG após a venda da estatal. A matéria revela as condições precárias que trabalhadores(as) estão enfrentando. Não é este o futuro que queremos para a Trensurb. Nos solidarizamos com a luta metroferroviária de Belo Horizonte. A categoria esteve em forte mobilização para impedir a venda da CBTU-MG. O leilão ocorreu no final do governo Bolsonaro, com apenas uma empresa interessada.
A Comport Participações ganhou a concessão da estatal por 25 milhões de reais para operar por 30 anos no setor. O preço da aquisição foi o valor de um trem. Já para a população, foi a entrega de direitos a uma empresa sem nenhum compromisso com a sociedade. Isso porque o aumento de tarifa veio já em junho deste ano. O povo mineiro está pagando mais caro pelo serviço. O reajuste de 17,78% fez a passagem pular de R$4,50 para R$5,30.
Privatização significa demissão em massa. As condições de trabalho para quem fica são precárias, com retirada de direitos, perda de cláusulas sociais e da estabilidade, além da sobrecarga e do sucateamento. De 1458 metroferroviários(as) da CBTU-MG, hoje são cerca de 870 trabalhadores(as) ativos(as). Além da falta de efetivo, a falta de manutenção é um alerta que coloca em risco a vida.
Nossa luta para a retirada da Trensurb do Plano Nacional de Desestatizações precisa do teu apoio!
A luta continua! Nesta quarta-feira às 12h30, dia 09/08, a categoria metroviária se reúne para organizar os próximos passos na defesa contra a privatização da Trensurb, no saguão do prédio administrativo da Trensurb. É hora da categoria mostrar força!
As pautas são: Avaliação da proposta da empresa e formas de mobilização. Vamos avançar pela reposição das perdas salariais e recomposição do poder de compra do tíquete para a categoria. Pela saída imediata da Trensurb do PND e pela garantia dos postos de trabalho.
Ontem, 26, os(as) metroviários(as) se reuniram em assembleia para definir os rumos da luta da categoria. A prioridade é a saída imediata da Trensurb do PND (Plano Nacional de Desestatização) e a garantia dos postos de trabalho.
Nenhum direito a menos! Durante a assembleia, a diretoria do sindicato dividiu com os(as) trabalhadores(as) sobre o início das negociações do ACT 2023, por recomposição salarial e também dos tíquetes s
alimentação. A delegação para a plenária da FENAMETRO foi eleita durante a ocasião. Também foram indicados novos nomes para a composição da direção do Sindimetrô RS. A comissão eleitoral foi escolhida para organizar o pleito visando a atualização estatutária.
Também foi aprovado o calendário de lutas: a partir do dia 8 de agosto, as assembleias vão ocorrer semanalmente todas as terças. O indicativo de paralisação para o dia 18 de agosto também foi aprovado. A data é chamada pela FENAMETRO.
A Expointer, que começa dia 26/08 foi definida pelos(as) metroviários(as) presentes na assembleia como uma data limite para pressionar o governo para a retirada da Trensurb do PND. Vai ter muita luta!
Este dia foi proposto em 1992, no primeiro encontro de mulheres Afro – Latino Americanas e Caribenhas na República Dominicana. Desde 2014 a data é comemorada no Brasil, homenageando Tereza de Benguela como ícone da luta da mulher negra. A Rainha Tereza foi líder do Quilombo do Quariterê até 1770, quando foi assassinada no Mato Grosso. A força e a resistência da líder é até hoje um exemplo de enfrentamento ao racismo, machismo e outras formas de opressão.
As mulheres negras são parcela invisibilizada e precarizada da sociedade e enfrentar o racismo e o machismo é tarefa essencial para combater as desigualdades na sociedade.“Empoderamento é basicamente tomar consciência de si para sair da condição de inferioridade”, Joice Berth, Arquiteta e Ativista negra.
Ontem, 19, ocorreu a primeira reunião de negociação do ACT 2023. A comissão de negociação da Trensurb se encontrou com representantes da base e dos sindicatos da empresa. A proposta pela empresa foi
O índice de reajuste de 3,06% sobre todas as cláusulas econômicas e a renovação de todas as cláusulas sociais.
A empresa ainda pautou para negociações futuras o acordo de escalas, risco de vida e renovação por dois anos. Também foi pautada a retirada da Trensurb do PND, bem como o futuro dos trabalhadores e trabalhadoras em caso de concessão.
Novas rodadas de negociação devem ocorrer a partir da próxima semana.