Funcionários da Trensurb podem, a qualquer momento, paralisar as atividades em protesto contra a falta de segurança nas estações e nos trens. O crescente número de assaltos as bilheterias e dentro dos trens tem deixado os trabalhadores inseguros e preocupados.

O arrastão ocorrido no dia 27 de janeiro deste ano entre as estações Rodoviária e São Pedro não é o primeiro caso registrado. No dia 4 de agosto do ano passado, ação semelhante ocorreu entre as estações Unisinos e Luiz Pasteur. Nas estações Unisinos e Sapucaia, as principais vítimas são os estudantes.

Também aumentou significativamente o número de assaltos as bilheterias, de onde são levados dinheiro e objetos pessoais dos funcionários, como relógios, cordões, entre outros. Outro problema verificado é o crescimento do comércio irregular dentro dos trens e nos acessos às estações.

Na madrugada do domingo (14), dois homens e uma mulher assaltaram a estação Petrobras. Acessaram a bilheteria, renderam o único seguraça presente e levaram o dinheiro do caixa. Na oportunidade, também arrombaram um quiosque locado pela Trensurb para outra empresa.

O Sindimetrô/RS tem alertado a empresa sobre o agravamento da situação. Até o momento nada foi feito para coibir os assaltos e outros tipos de violência a que são submetidos funcionários e usuários do trem que transporta cerca de 200 mil passageiros por dia.

O número de seguranças é insuficiente para dar conta da demanda, considerando que a linha ampliou o volume de passageiros com a extensão até o centro de Novo Hamburgo. A situação se agrava pela ausência de segurança pública nas proximidades das estações. Para o Sindimetrô/RS, a empresa deve chamar imediatamente os 300 seguranças do banco de concursados e realizar novos concursos.

Em reuniões ocorridas na sexta-feira 12, o sindicato decidiu realizar uma campanha denunciando a falta de segurança nas dependências da Trensurb e a realização de protestos sempre que um assalto ocorrer. O sindicato também deve acionar a Justiça visando garantir a integridade física e moral dos funcionários.

A falta de segurança na Trensurb é decorrência direta do ajuste fiscal colocado em prática pelos governos Dilma e Sartori. O corte de recursos praticado pelo governo federal visa o sucateamento da empresa para uma futura privatização, medida já sentida pelos usuários do trem. Paralelo a isso, o governo do Estado não tem cumprido com o seu papel no que diz respeito a garantia da segurança pública nas imediações das estações.

Enquanto isso, a população usuária e os funcionários da empresa sofrem com os assaltos e outros tipos de violência.

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