Fomos surpreendidos nesta sexta-feira, 1º, com a inusitada desmarcação da Greve Nacional contra a Reforma da Previdência prevista para o próximo dia 5. Consideramos um equívoco a suspensão da greve pelas maiores centrais sindicais do país – CUT, UGT, FS, CSB e NCST – sem apontar um calendário que dê continuidade à luta contra esse grave ataque aos trabalhadores.

Estas centrais, lamentavelmente, estão sendo pautadas pelo governo do ajuste fiscal e pelo sistema financeiro. Desta forma, cometem um erro que não conta com o respaldo da CSP Conlutas, central sindical a qual o sindicato é filiado.

O recuo ocorre no momento em que o governo Temer encontra dificuldades para obter os votos necessários para aprovar o fim da aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. Acontece num período em que, na base das diferentes categorias, cresce a disposição de luta para realizar uma forte Greve Nacional que derrote definitivamente a Reforma da Previdência.

O Sindimetrô/RS não compactua com este recuo e aponta para a necessidade de manter a mobilização, com forte pressão nos deputados federais em suas bases e no Congresso Nacional. Agora não é hora de recuarmos, uma vez que o recuo do governo não é definitivo. Portanto, a reforma pode ser colocada em votação ainda em dezembro. Se isso ocorrer, chamamos todos os sindicatos e suas bases a paralisarem imediatamente o país.