Um dia depois do anúncio de um verdadeiro assalto aos trabalhadores da região metropolitana de Porto Alegre, um protesto organizado pelo Sindimetrô/RS reuniu usuários, movimentos sociais, estudantil e sindical no saguão da estação Mercado no final da tarde desta quinta-feira, 1º de fevereiro.

O protesto começou com a esquete “Paga Zé”, protagonizada pela Oficina de Teatro de Rua Terreira da Tribo. A apresentação criticou o quadro político e econômico do país.

O momento cultural foi seguido por falas que condenaram o roubo praticado pelo governo Temer, que autorizou o abusivo aumento de 94% na passagem do trem metropolitano, administrado pela Trensurb. A tarifa passará de R$ 1,70 para absurdos R$ 3,30.

Para o diretor do Sindimetrô/RS, Henrique Frozza, junto com a saúde e a educação, o transporte é um direito assegurado pela Constituição. O dirigente sindical concluiu afirmando que “esse aumento cheira a intenção de entregar a Trensurb à iniciativa privada”.

Em nome da CSP Conlutas, a estudante Márcia Rolim protestou contra o aumento, frisando que o trecho atendido pelo trem comporta uma grande quantidade de universidades e escolas. “Um grande número de estudantes utiliza o trem quase que diariamente para estudar”, destacou Márcia.

Presente na manifestação, o deputado estadual Pedro Ruas (PSOL) anunciou que o seu partido ingressará na justiça para barrar o aumento da passagem. “Já derrubamos duas vezes a tarifa de ônibus de Porto Alegre e, na segunda-feira, vamos ingressar com uma ação para barrar este aumento”, afirmou o parlamentar.

A luta continua! Nesta sexta-feira (02), um panfleto elaborado por sindicatos e pela CSP Conlutas será entregue durante a procissão de Nossa Senhora dos Navegantes e na Estação Farrapos da Trensurb. E na segunda-feira (05), um novo protesto está sendo convocado para a Estação Mercado.