Seminário organizado pelo Sindimetrô/RS marcou o Dia Internacional da Mulher – 8 de março. Realizado na sede do sindicato, o encontro abordou a participação da mulher nas lutas e condenou o machismo existente na sociedade e nos diferentes ambientes de trabalho. Também abriu espaço para discutir as reformas da previdência e trabalhista e a saúde do metroviário.

MULHER
Um vídeo que destaca o papel da mulher no diferentes setores da Trensurb, mas que também aborda outros temas importantes para as mulheres abriu o encontro.  O vídeo pode ser acessado no site e na página do sindicato no facebook.

A importância da participação da mulher na organização da classe trabalhadora e o seu papel na sociedade foi abordada pela dirigente nacional da CSP Conlutas Neida de Oliveira, que destacou a importância de inserir cada vez as mulheres no cotidiano de lutas por direitos e novas conquistas.

SAÚDE
Perícia contratada pelo sindicato mostra a precariedade das condições de trabalho na Trensurb. Problemas foram encontrados em muitas estações e nos demais setores de trabalho, como, por exemplo, na manutenção, onde a sinalização de advertência de perigo inexiste. A empresa não tem Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) há uma década.

O sindicato elaborou um questionário para diagnosticar o quadro de saúde dos metroviários. O documento será levado aos diferentes setores de trabalho na segunda quinzena deste mês para preenchimento.

PREVIDÊNCIA

A advogada Caroline Cadore falou sobre a Reforma da Previdência e apresentou os seus principais problemas, que, na verdade, inviabilizam a aposentadoria dos brasileiros. Destacou a idade mínima para obtenção da aposentadoria de 65 anos para homens e mulheres e o tempo mínimo de 49 anos de contribuição.

Um material especial sobre as reformas da previdência e trabalhista e privatizações está sendo elaborado pelo sindicato e em breve será apresentado à categoria e os usuários do trem metropolitano.

ASSÉDIO

O tema foi abordado pela psicóloga Daniela Müller, que enfatizou a necessidade de se dar exemplos aos mais jovens de como um a mulher deve ser tratada com respeito. Disse isso porque, infelizmente, o assédio sexual está banalizado na sociedade.

Entre os desafios está o reconhecimento das diferenças entre homes e mulheres no trabalho, na família e na sociedade. Daniela concluiu afirmando que a mulher tem que usar tudo o que sabe fazer em seu favor.

CLT

A Reforma Trabalhista foi objeto de análise feita pela advogada Jaqueline Matiazzo. Segundo ela, uma reforma fundada na ideia de que a “CLT é velha” e que, portanto, não ajuda a melhorar o “ambiente de trabalho”. Por trás do discurso está a retirada de direitos e retrocessos sociais.

A advogada destacou com elemento central do projeto a prevalência do negociado sobre o legislado, que aponta para a flexibilização de direitos, a precarização do trabalho, a extinção da Justiça do Trabalho e p enfraquecimento do movimento sindical.

PERFORMANCE

Uma performance dirigida por Chico de los Santos e encenada por Cinara Antunes encerrou a programação. A apresentação retratou de forma objetiva a violência doméstica contra a mulher.

Cinara ressaltou, na sua apresentação, que o “exílio é todo o lugar que a mulher vítima de violência vai”. Em contraposição a expressão popular que um tapinha não dói, a atriz afirmou que dói sim, e muito.