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Em estado de greve, os metroviários deram continuidade na segunda-feira (22) a distribuição de uma carta aberta aos usuários do trem metropolitano. Elaborada pelo Sindimetrô/RS, a carta foi entregue nas estações Esteio e Mercado.

Nas duas estações, os bilheteiros, seguindo a orientação da Empresa, preencheram um cartão por vez, o que provocou longas filas nos guichês. Esse procedimento evidencia a falta de efetivo junto às estações e a ineficácia do sistema SIM (cartão unitário).

Mesmo com a demora no atendimento, os passageiros foram receptivos à iniciativa do sindicato. O funcionário da bilheteria não deve colocar crédito em vários cartões, pois em caso de roubo, o prejuízo é debitado na sua conta.

A carta também fala sobre a terceirização e os seus prejuízos aos trabalhadores e à sociedade. O documento enfatiza que, no caso de a Trensurb entrar nos pacotes de concessões do governo federal, uma das primeiras consequências será o aumento da tarifa.

Na cidade do Rio de Janeiro, onde o metrô foi privatizado, a tarifa praticada atualmente é de R$ 3,70, mais que o dobro da cobrada para um trabalhador se deslocar de Porto Alegre a Novo Hamburgo, passando pelas cidades de Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul e São Leopoldo.

O documento também adverte os usuários para a possibilidade de os metroviários interromperem a operação dos trens caso a empresa não apresente uma proposta financeira para corrigir os defasados salários da categoria. As reivindicações foram entregues em março e até agora a empresa não se manifestou.

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