Parecer do MPF aponta ilegalidade no aumento de 94% na tarifa cobrada pela Trensurb

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou parecer na ação civil pública que contesta e pede a suspensão do aumento da tarifa cobrada pela Trensurb. No parecer, o MPF pede que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seja intimida a posicionar-se sobre o assunto. No caso de não querer intervir no processo, que ela declare se o reajuste está de acordo com as metodologias adotadas pela Agência para definição do mesmo tipo de tarifa.

A manifestação do MPF se deu em cima da ação contrária ao aumento encaminhada pela Sindimetrô/RS e pelo PSOL, que consideram o reajuste abusivo e sem transparência. Autorizada pelo Governo Federal, a nova tarifa vigora desde o início de fevereiro. O aumento foi de 94%, o que fez a passagem passar de R$ 1,70 para R$ 3,30.

Segundo o MPF, a planilha apresentada pela Trensurb não traz uma análise crítica a respeito dos itens e componentes que justifiquem o aumento, o que poderia servir para mascarar eventuais desvios de custos decorrentes de má-gestão ou corrupção. Além disso, os cerca de 200 mil usuários/dia foram informados sobre a majoração tarifária com apenas quatro dias de antecedência, sem tempo para o processamento e enfrentamento da nova realidade.

Panfletagem contra o abusivo aumento da passagem do trem é realizada durante a procissão de nossa senhora dos navegantes

Integrantes do Sindimetrô/RS e da CSP Conlutas distribuíram, na manhã desta sexta-feira (02), cerca de seis mil panfletos denunciando o abusivo aumento no valor da tarifa do trem metropolitano. O material foi entregue aos participantes da procissão de Nossa Senhora dos Navegantes.

Em mais um ataque aos trabalhadores, o governo Temer autorizou um reajuste de 94% no valor da passagem, que passará de R$ 1,70 para R$ 3,30. A luta continua! Na próxima segunda-feira (05), um novo protesto será realizado na Estação Mercado, no centro de Porto Alegre.

#ForaTemer
#3,30éroubo

Roubo praticado pela Trensurb é alvo de protesto

Um dia depois do anúncio de um verdadeiro assalto aos trabalhadores da região metropolitana de Porto Alegre, um protesto organizado pelo Sindimetrô/RS reuniu usuários, movimentos sociais, estudantil e sindical no saguão da estação Mercado no final da tarde desta quinta-feira, 1º de fevereiro.

O protesto começou com a esquete “Paga Zé”, protagonizada pela Oficina de Teatro de Rua Terreira da Tribo. A apresentação criticou o quadro político e econômico do país.

O momento cultural foi seguido por falas que condenaram o roubo praticado pelo governo Temer, que autorizou o abusivo aumento de 94% na passagem do trem metropolitano, administrado pela Trensurb. A tarifa passará de R$ 1,70 para absurdos R$ 3,30.

Para o diretor do Sindimetrô/RS, Henrique Frozza, junto com a saúde e a educação, o transporte é um direito assegurado pela Constituição. O dirigente sindical concluiu afirmando que “esse aumento cheira a intenção de entregar a Trensurb à iniciativa privada”.

Em nome da CSP Conlutas, a estudante Márcia Rolim protestou contra o aumento, frisando que o trecho atendido pelo trem comporta uma grande quantidade de universidades e escolas. “Um grande número de estudantes utiliza o trem quase que diariamente para estudar”, destacou Márcia.

Presente na manifestação, o deputado estadual Pedro Ruas (PSOL) anunciou que o seu partido ingressará na justiça para barrar o aumento da passagem. “Já derrubamos duas vezes a tarifa de ônibus de Porto Alegre e, na segunda-feira, vamos ingressar com uma ação para barrar este aumento”, afirmou o parlamentar.

A luta continua! Nesta sexta-feira (02), um panfleto elaborado por sindicatos e pela CSP Conlutas será entregue durante a procissão de Nossa Senhora dos Navegantes e na Estação Farrapos da Trensurb. E na segunda-feira (05), um novo protesto está sendo convocado para a Estação Mercado.

 

Sindimetrô/RS distribui carta aberta aos usuários denunciando o absurdo aumento de 94% na passagem do trem

Contrários ao absurdo aumento de 94% no valor da tarifa do trem metropolitano, os metroviários distribuíram uma carta aberta à população usuária na manhã desta quinta-feira, 01. Ao elevar o valor da passagem para R$ 3,30 o governo Temer e a direção da Trensurb acabaram com a tarifa social.

O Sindimetrô/RS questiona esse aumento, pois nenhum trabalhador teve 94% de reajuste nos seus salários no mesmo período. Sequer a inflação chegou a esse índice no período. Ficou em 75%.

Por tudo isso, o Sindimetrô/RS convoca a categoria e a população usuária do trem para um ato de protesto nesta quinta-feira, 01, às 17h, na estação Mercado, em Porto Alegre.

Nota do Sindimetrô/RS sobre o aumento da tarifa

Nada justifica, na atual conjuntura, um absurdo aumento de 94% no valor da tarifa do trem metropolitano, quando a inflação foi de 75% no período. O índice está totalmente fora da realidade vivida pelos trabalhadores e estudantes que utilizam esse meio de transporte diariamente para deslocamentos na região metropolitana de Porto Alegre.

O aumento é abusivo, pois não leva em conta a grave crise de emprego enfrentada pelo país. São mais de 14 milhões de desempregados. Pessoas que diariamente utilizam o trem em busca de novas oportunidades de trabalho. A tarifa social praticada pela Trensurb era um dos poucos retornos de impostos que o trabalhador recebia.
Além disso, o serviço oferecido pela empresa aos usuários está cada vez mais precarizado. Apenas quatro dos quinze trens novos estão em circulação. Dois deles estão totalmente “canibalizados”, com as suas peças retiradas para consertar defeitos nos demais. Os banheiros públicos da ampla maioria das estações estão fechados por falta de manutenção.

Para o Sindimetrô/RS, o aumento de quase 100% na tarifa tem como elemento central a tentativa do governo Temer de entregar a empresa para a iniciativa privada. Nestes casos, os preços dos serviços públicos são aumentados para garantir a margem de lucro dos empresários.

O sindicato ainda destaca que esse aumento foi autorizado por um governo que está destruindo os direitos dos trabalhadores, quer acabar com o as aposentadorias e está envolvido em incontáveis denúncias de corrupção. Além de a Trensurb ser administrada por uma direção incompetente, que gasta mais de R$ 20 milhões ao ano com CCs e FGs.