Assembleia aprova Estado de Greve e exige aplicação imediata do índice de 4,05% nos salários

Em assembleia geral extraordinária realizada ao meio-dia desta terça-feira, 24, os metroviários do Rio Grande do Sul decidiram pela suspensão da paralisação prevista para quarta-feira (25) e aprovaram o estado de greve. A categoria também decidiu pela apresentação de uma contraposta à administração da empresa.

Na contraposta, entregue logo após a assembleia, os metroviários exigem a aplicação imediata do índice de 4,05% nos salários; a garantia da data-base em 1º de maio; e a assinatura do protocolo de relações sindicais. O pagamento do retroativo, se a empresa recorrer, ainda será julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A suspensão da paralisação e a entrega de uma contraposta mostra a disposição de negociação e de luta da categoria. Os metroviários permanecem mobilizados e a qualquer recuo da empresa voltarão a se reunir em assembleia para discutir formas de mobilização e até mesmo a realização de uma greve por tempo indeterminado.

Para o presidente do Sindimetrô/RS, o anúncio da paralisação e a série de materiais distribuídos à categoria e à população usuária retiraram a administração da Trensurb da zona de conforto em que se encontrava. “Essa pressão foi fundamental para a abertura de negociações”, disse o presidente, pregando, porém, a necessidade de a categoria se manter mobilizada.

Metroviários distribuem carta aberta comunicando possível paralisação

Carta aberta começou a ser distribuída nesta segunda-feira, 23, comunicando a população usuária do trem metropolitano de Porto Alegre sobre uma possível paralisação da categoria na quarta-feira, 25. A greve será realizada caso a empresa recorra da decisão do Tribunal Regional do Trabalho que determinou a correção dos salários do ano passado em 4,05%.

Salchipão aquece mobilização dos metroviários do RS com vistas a paralisação marcada para a próxima quarta-feira

Um salchipão, realizado ao meio-dia desta segunda-feira (23), no saguão do prédio administrativo da Trensurb, serviu para mobilizar os metroviários com relação à discussão do índice de reajuste do dissídio coletivo do ano passado e da pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano.

O almoço coletivo fez parte da mobilização que aponta à realização de uma paralisação de 24 horas na próxima quarta-feira (25) caso a empresa se mantenha intransigente.

Com faixas, bandeiras e camisetas, os metroviários demonstraram toda a insatisfação com a postura da atual administração da empresa, que até o momento tem se negado a pagar o índice determinado pela justiça em ralação ao acordo de 2017 (4,05%) e também a assinar as cláusulas sociais do acordo coletivo de 2018.

NOTA DE SOLIDARIEDADE

Porto Alegre, 18 de janeiro de 2018

O Sindimetro/RS, representante dos metroviários do Rio Grande do Sul, manifesta a sua solidariedade e o seu apoio à greve dos colegas metroviários de São Paulo, que decidiram paralisar as atividades por 24 horas, nesta quinta-feira, 18, contra as privatizações, às terceirizações das bilheterias, às demissões e o aumento no valor das tarifas.

A luta dos trabalhadores metroferroviários contra os ataques praticados pelas diferentes esferas de governo e pelas empresas que administram esse modal de transporte é nacional, e tem como eixos a defesa de um transporte público de qualidade, com preço acessível e a manutenção dos postos de trabalho.

Não é mais possível que os trabalhadores sejam prejudicados com a entrega do patrimônio público à iniciativa privada. Repasse que atende interesses escusos à vontade da população, sobretudo dos milhões de usuários que diariamente utilizam esse tipo de transporte para deslocamentos nos principais centros urbanos do país.

Sindimetrô/RS