NOTA DE SOLIDARIEDADE

Porto Alegre, 18 de janeiro de 2018

O Sindimetro/RS, representante dos metroviários do Rio Grande do Sul, manifesta a sua solidariedade e o seu apoio à greve dos colegas metroviários de São Paulo, que decidiram paralisar as atividades por 24 horas, nesta quinta-feira, 18, contra as privatizações, às terceirizações das bilheterias, às demissões e o aumento no valor das tarifas.

A luta dos trabalhadores metroferroviários contra os ataques praticados pelas diferentes esferas de governo e pelas empresas que administram esse modal de transporte é nacional, e tem como eixos a defesa de um transporte público de qualidade, com preço acessível e a manutenção dos postos de trabalho.

Não é mais possível que os trabalhadores sejam prejudicados com a entrega do patrimônio público à iniciativa privada. Repasse que atende interesses escusos à vontade da população, sobretudo dos milhões de usuários que diariamente utilizam esse tipo de transporte para deslocamentos nos principais centros urbanos do país.

Sindimetrô/RS

Metroviários de São Paulo paralisam atividades por 24 horas contra as privatizações

Contra as anunciadas privatizações de duas linhas do metrô paulistano, os metroviários de São Paulo decidiram paralisar as atividades nesta quinta-feira, dia 18. Nas estações, a categoria garantiu a não circulação dos trens nas primeiras horas da manhã. Os metroviários também protestam contra a terceirização de bilheterias, as demissões e o aumento no valor das tarifas. Segundo informações, a adesão à paralisação foi muito boa.

As privatizações não têm como interesse melhorar a qualidade do transporte. Em todo o país, o número de ocorrências prejudiciais aos usuários é maior nas linhas administradas pela iniciativa privada, que não tem compromisso com a qualidade. O compromisso dos empresários é com o lucro.

No contrato desenhado pelo governo do Estado, a empresa responsável pela administração da linha privatizada não terá prejuízos. Caso a demanda de passageiros fique abaixo do estipulado, o governo se compromete a compensar a concessionária pelos passageiros não transportados. Uma verdadeira galinha dos ovos de ouro.

Os metroviários suspeitam também que o processo licitatório é viciado. Exige, por exemplo, que a futura administradora tenha experiência e capacidade comprovada de transportar, em média, 400 mil passageiros ao dia. Essa exigência retira da disputa todas as administradoras dos modais federais.

A suspeita aumenta quando apenas uma empresa, no caso a CCR, fez estudos de viabilidade econômica junto ao Metrô de São Paulo. A CCR atualmente é detentora, por 30 anos, dos direitos de operação da Linha 4 – Amarela, em São Paulo, e do sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, na Bahia.

 

Metroviários voltam a denunciar o pretendido aumento da passagem e a intenção do governo de privatizar a Trensurb

Os metroviários aproveitaram o último fim de semana da Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, para denunciar o pretendido aumento da tarifa e a intenção do Governo Temer de privatizar a Trensurb.

Para dialogar com quem chegava ou deixava o Parque usando o trem metropolitano, o Sindimetrô/RS montou uma tenda junto à passarela de acesso à estação.

No local, a população pode acessar materiais impressos com as denúncias apresentadas. Os materiais também foram entregues por dirigentes do sindicato e por colegas metroviários.

A Trensurb já solicitou ao Governo Federal um aumento de 47% na passagem. Se aprovado, a tarifa passará de R$ 1,70 para R$ 2,50.

O sindicato também está denunciando o sucateamento da empresa com vistas à sua privatização. As seguidas falhas no sistema são consequências do processo de sucateamento colocado em prática.

O Sindimetrô/RS é contra o aumento da passagem e a privatização da empresa, medidas que prejudicariam os trabalhadores do eixo norte da Região Metropolitana de Porto Alegre.

O trem transporta cerca de 200 mil passageiros por dia, uma população formada, em sua ampla maioria, por trabalhadores e estudantes.

Expointer: metroviários conversam com usuários do trem sobre a intenção da Trensurb de aumentar a passagem e de privatizar a empresa


Os metroviários do Rio Grande do Sul aproveitam o movimento junto ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, neste e no próximo final de semana, para dialogar com os pedestres que chegam ao local utilizando o trem metropolitano.

Entre os materiais que estão sendo entregues aos frequentadores da feira está uma carta aberta que aborda a intenção da Trensurb de aumentar o valor da tarifa. O reajuste desejado pela empresa é de 47%, com a passagem passando do atual R$ 1,70 para R$ 2,50.

Um folder expõe os motivos pelos quais a categoria é contra a privatização da Trensurb, proposta debatida pelo Governo Federal. O material mostra os prejuízos que a entrega da empresa à iniciativa privada trariam aos usuários e aos funcionários.

Como aconteceu durante a realização da Expointer do ano passado, o Sindimetrô/RS instalou uma tenda junto à passarela de acesso à estação do trem para distribuir materiais informativos e dialogar com os usuários.