Em poucos meses de governo, o presidente argentino Javier Milei, economista ultraliberal, anunciou uma série de medidas de alteração e revogação de leis que vão precarizar a vida do povo.
Dia 24 de janeiro foi dia de greve geral na Argentina. A paralisação foi chamada pela maior central sindical do país, com participação de mais de 150 mil trabalhadores só em Buenos Aires. O povo foi às ruas protestando contra as medidas de austeridade do presidente.
Segundo Milei, o decretaço trata-se de uma “modernização”, mas a pergunta é: modernização pra quem? Com certeza não para a classe trabalhadora, não para os produtores rurais que serão taxados ainda mais, não para os 40% da população que vive em situação de pobreza. Retirar direitos da população não é o futuro que argentinos querem.
Milei usou um dispositivo previsto na Constituição argentina, o Decreto Nacional de Urgência (DNU), que dá ao Executivo poder para revogar ou modificar leis em vigor já aprovadas pelo Congresso. Com isso, mais de 300 leis sofreram alterações, precarizando e entregando o patrimônio público nacional à iniciativa privada.
Nesta terça, 8, parlamentares votaram contra a “lei de ônibus”, que alterava o subsídio do transporte público. A medida foi uma derrota contra Milei, que quer rifar o patrimônio público argentino. A pressão popular para impedir esses retrocessos precisa continuar.
Outra medida prevista é a cobrança de mensalidade em universidades públicas aos estrangeiros. Estima-se que mais de 11 mil estudantes sejam brasileiros diretamente afetados.
As medidas autoritárias e antidemocráticas geraram uma onda de insatisfação entre legisladores, movimentos sindicais e sociais, que estão protestando contra as investidas neoliberais de Milei.
Representantes do Sindimetrô RS estiveram presentes na greve geral do dia 24 de janeiro, integrados com o sindicato dos metroviários da Subte, o metrô de Buenos Aires. Nas ruas, a insatisfação do povo com as medidas, que penalizam o povo em prol do lucro do empresariado. Todo nosso apoio à luta do povo argentino, pois Afinal “a Pátria não se vende”.