Não há garantias, a luta pela Trensurb pública continua. No segundo dia do seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou um importante “revogaço” nas privatizações de estatais. Lula interrompeu os processos de venda de empresas públicas estratégicas na vida do povo brasileiro: Correios, EBC (Empresa Brasil de Comunicações), Dataprev, Conab, Nuclep, Serpro, e Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. – Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA e Petrobrás.
Durante seu discurso de posse, Lula enfatizou a importância do serviço público e da manutenção do patrimônio público. No entanto, também acenou sobre as parcerias com a iniciativa privada. Seguimos com atenção redobrada, pois o futuro da Trensurb pública segue incerto.
Ontem, 12, o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que pretende manter investimentos já previstos em concessões e PPPs. Entre eles, o metrô de BH. A CBTU-MG foi a leilão dia 22 de dezembro de 2022. Apesar da mobilização nacional da categoria metroferroviária, do apoio de membros do Grupo de Transição e parlamentares, a venda foi adiante. Vale lembrar que no ano passado, enquanto era governador da Bahia, Rui Costa entregou o Metrô de Salvador à iniciativa privada.
O processo de privatização da Trensurb continua em andamento. O serviço é essencial e transporta milhares de trabalhadores(as) e estudantes. A privatização significa rifar o patrimônio público e colocar em risco o serviço de qualidade que a Trensurb presta e o emprego dos metroviários. Sem luta, o processo da venda seguirá seu curso, por isso chamamos toda a categoria metroviária para se juntar à luta em defesa da Trensurb pública.