Melo já conseguiu emplacar diversos retrocessos em seu primeiro ano de mandato: redução de frota e linhas, corte no número de isenções e dias de passe livre. Ainda, na semana passada, o prefeito apresentou às empresas de ônibus que operam o transporte público em Porto Alegre a proposta de subsidiar a compra de novos veículos para renovar a frota em troca de uma redução na tarifa. Essa estratégia é velha conhecida das manobras de privatização: injeção de verba pública para tornar mais atrativa a venda do patrimônio social a empresários.
A promessa é de que as mudanças são para baratear a passagem aos porto-alegrenses. A passagem vai ficar mais barata?
Não, e ainda vai aumentar.
Nessa semana está previsto um reajuste de 60 centavos na tarifa. O cálculo da passagem é uma conta complexa, mas por vezes explicado de forma reducionista e mal informada. Este novo aumento, é um golpe no bolso do(a) trabalhador(a) e somos totalmente contra. A solução não é o caminho neoliberal, mas sim o fortalecimento do sistema público, de qualidade e acessível para as pessoas.