Em assembleia geral realizada na tarde da quarta-feira, dia 27, os metroviários decidiram paralisar as atividades na próxima sexta-feira, dia 29, contra o Projeto de Lei 4330 e para exigirem a revogação das Medidas provisórias 664 e 665, editadas pelo governo Dilma. Os trens que operam na região metropolitana de Porto Alegre deixarão de circular a partir da meia-noite da quinta-feira, dia 28.

Os metroviários se somarão a trabalhadores de outras categorias, que já confirmaram adesão ao dia nacional de paralisação. Os rodoviários de Porto Alegre decidiram em assembleia realizada na segunda-feira, dia 25, cruzar os braços. Mesma posição foi adotada pelos servidores do Judiciário e do Executivo estadual, dos municipários da capital (estes já em greve) e dos trabalhadores da rede estadual de educação.

O PL 4330 amplia a possibilidade de terceirização nas diferentes atividades econômicas e na prestação de serviços. Abre, inclusive, a possibilidade de se contratar empresas terceirizadas para operarem nas chamadas atividades-fim. Mas o dia também servirá para exigirem a revogação das MPs 664 e 665, que reduzem o acesso ao seguro desemprego, ao auxílio-doença e à pensão por morte.

O salário médio dos trabalhadores terceirizados é 30% menor do que o dos contratados diretamente e a jornada de trabalho é de cerca de 3 horas a mais. Outro dado que desfavorece o terceirizado é o que diz respeito aos acidentes e mortes nos locais de trabalho. De cada 10 acidentes de trabalho, oito são com trabalhadores terceirizados. Para cada cinco mortes ocorridas nos locais de trabalho, quatro são de terceirizados.