Reunidos em assembleia geral nesta sexta-feira, 27, os metroviários rejeitaram por unanimidade a contraproposta da empresa aos acordos coletivos de trabalho e de escalas. A oferta econômica da reposição salarial estava condicionada à retirada de cinco cláusulas dos acordos. Entre estas estavam as que tiram a estabilidade de metroviários com cargos de representação de base, como dirigentes e representantes sindicais e membros do conselho fiscal.
Todos os presentes na assembleia foram contrários à proposta da empresa, alegando que estão há alguns anos negociando e tendo de abrir mão de alguma cláusula por pequenos índices de reposição. A negativa da categoria foi protocolada e aguarda a resposta da Trensurb com uma nova assembleia extraordinária agendada para a próxima terça-feira, 31/08, data que encerra o prazo legal dos dois acordos.
A situação econômica e social do país com as crises acumuladas pelo governo Bolsonaro e a sanha privatista dos governos em todas as esferas foram enfatizadas em todas as falas dos colegas que foram ao microfone. A situação da Carris também foi citada, pois está na mira do governo Melo para a venda ou extinção da empresa.
“A Trensurb atacou frontalmente conquistas de décadas dos metroviários. Não há a menor possibilidade de esta proposta ser aceita, já que a própria empresa mandou ela como um tudo ou nada pra categoria”, alertou o presidente Luis Henrique Chagas.