Lula se elegeu com a promessa do fim das privatizações. Em maio, mais uma promessa não cumprida do governo federal ameaça o futuro da Trensurb.
No início do seu mandato, o presidente Lula realizou um “revogaço”, retirando empresas do PND, mas o Plano Nacional de Desestatização ainda ameaça o futuro da Trensurb pública e de outras empresas estatais do país. Em abril do ano passado, Lula afirmou que o Brasil não vai vender mais empresas estatais. Dois dias depois, no diário oficial, o governo renovou os contratos para estudos de modelagens de privatizações.
O dia de 23 de maio de 2023 foi emblemático Neste dia, o ministro da Casa Civil, Rui Costa anunciou a retirada da Trensurb da lista de privatizações. A reunião foi com parlamentares da bancada gaúcha em Brasília. Comemoramos e a categoria metroviária seguiu mobilizada para que a palavra do Ministro fosse cumprida.
Há um mês, no dia 5 de março, mais uma promessa da Casa Civil: de que a Trensurb seria retirada do PND até o fim de abril. A reunião foi com Marcus Cavalcanti (Secretário Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil da Presidência). A agenda foi articulada pela Dep. Federal Fernanda Melchionna (PSOL). O presidente da Trensurb, Fernando Marroni esteve presente nesta reunião e também anunciou a retirada.
Os mais de mil funcionários veem seus futuros ameaçados pelas peripécias de um governo sem transparência. Maio se aproxima e as promessas seguem sem se concretizar. Palavras não bastam! A categoria está indignada com o andamento dos estudos de concessão e com a falta de comprometimento da empresa e do governo.
Atualmente, o governo aporta cerca de 60% do valor da passagem. No metrô privado, as empresas continuam tendo subsídios do Estado e continuarem lucrando com o aumento de tarifa. Pagamos impostos para ter retorno em direitos básicos, como saúde, educação e também transporte.
As privatizações são uma tragédia anunciada. Vendida como uma solução, as terceirizações, concessões ou privatizações são uma enorme perda para nós, trabalhadores(as) que utilizamos o transporte público. Isso porque no modelo de privatização não prevê expansão e a União vai continuar investindo, mesmo após a venda. Um bom negócio. Só que não para quem trabalha ou utiliza o serviço da Trensurb.
O povo é contra as privatizações! Seguiremos cobrando parlamentares, gestores e o governo Lula. Transporte é direito, não mercadoria!