O Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul protocolou, nesta segunda-feira (16), ofício onde propõe medidas para conter a transmissão do coronavírus. A preocupação é com a saúde dos metroviários e dos mais de 160 mil passageiros, que utilizam os trens diariamente.
Suspender a venda de passagens; colocar os trens acoplados para reduzir a superlotação e interromper o funcionamento do aeromóvel são algumas das medidas propostas pelo Sindimetrô. O ofício com doze solicitações, para implementação imediata, foi encaminhado à Diretoria Executiva da Trensurb, composta pelo presidente e os diretores financeiro e de operações.
O presidente da entidade, Luís Henrique Chagas, diz que o propósito é limitar a contaminação dos metroviários e dos usuários do trem, pelo Covid-19. “Em outros países, foi reduzido significativamente a oferta de transporte ao mínimo necessário. Ainda estamos no aguardo de ações semelhantes partindo do governo federal”. Chagas lembrou ainda que a contaminação respiratória pode ser seis vezes maior no transporte público, segundo um estudo britânico realizado pela BioMed Central em 2011.
Medidas propostas pelo Sindimetrô-RS:
* Disponibilização de equipamentos de proteção nos postos de trabalho, tais como luvas, máscaras e álcool gel;
* Disponibilização de máscaras e álcool gel para a população em todas as estações;
* Fiscalizar e pedir intensificação das ações das empresas terceirizadas responsáveis pela limpeza e higienização dos locais de trabalho;
* Higienização interna completa dos trens e cabines a cada viagem;
* Circulação de trens acoplados durante toda a operação, evitando, ao máximo, a superlotação;
* Interrupção da operação do Aeromóvel;
* Juntamente com o Setor de Segurança do Trabalho e a CIPA, desenvolver protocolos de prevenção para os trabalhadores;
* Ampliação da divulgação e antecipação da campanha de vacinação contra a gripe;
* Suspensão da venda de bilhetes e abertura das cancelas, evitando assim o contágio entre trabalhadores e usuários nos guichês de venda e através de dinheiro;
* Abono de faltas para as mães e pais com filhos dependentes, caso haja suspensão das aulas;
* Licença remunerada para os metroviários que são parte do grupo de risco, como idosos e gestantes.
* Implementação do “home office” para todos os metroviários de áreas não essenciais.