Está momentaneamente suspensa a greve dos(as) metroviários(as) marcada para esta terça-feira, 22. A suspensão foi definida em assembleia realizada no início da tarde desta segunda-feira, 21, no pátio da empresa. Pouco antes, uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) traçou um acordo no qual a empresa se comprometeu a renovar as cláusulas sociais e manter aberta a negociação do índice da reposição salarial da categoria, inclusive com a manutenção da data-base em 1º de maio.
Os(as) metroviários(as), no entanto, mantêm o estado de greve e o cronograma de mobilização definido, com a não realização de horas extras até o dia 1º de junho e assembleias semanais para avaliar o movimento. Na manhã de sexta-feira, 25, as comissões de negociação voltam a se reunir para dar prosseguimento à discussão da pauta de reivindicações. Logo, em seguida, haverá outra reunião envolvendo a empresa e o Sindimetrô/RS com a intermediação do TRT.
A assembleia desta tarde foi uma das maiores realizadas nos últimos tempos, o que demonstra o grau de mobilização da categoria na luta pela manutenção de direitos e por novas conquistas. Essa movimentação tem sido fundamental para que a Trensurb recue dos ataques contra direitos históricos dos(as) metroviários(as). Na próxima sexta-feira, enquanto as comissões de negociação estiverem reunidas e durante o encontro no TRT, um salchipão será realizado no pátio da empresa para manter a unidade construída.
Num momento em que metroviários e metroviárias mostram um forte grau de unidade e de mobilização, o Sindimetrô/RS lamenta a ausência nas assembleias dos demais sindicatos com representação na categoria, como o Sintec, Senge, Sindaergs e Saergs.
Num ataque à categoria, a direção da Trensurb ameaça retirar conquistas históricas dos metroviários e metroviárias. Além disso, aumentou a passagem em 94% e se nega a repor a inflação nos salários dos trabalhadores e trabalhadoras.
Por incompetência, essa mesma diretoria descumpriu sentença judicial em favor da segurança metroviária, gerando uma multa de R$21 milhões, que será paga com o dinheiro do povo!
Diante disso, o Governo Temer e a direção da empresa – composta pelo PMDB, do Ministro Padilha; PSDB, do Prefeito Marchezan; e PSD, do Deputado Danrlei – obrigam a categoria a ENTRAR EM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO em defesa dos seus direitos e de condições dignas de trabalho.
O pacote de maldades inclui, entre outras:
Cláusula 9ª – Exclusão da cláusula de antecipação e data de pagamento do 13º salário;
Cláusula 17ª – Condiciona o recebimento do risco do vida ao não recebimento da periculosidade;
Cláusula 28ª – Exclusão da cláusula do plano de saúde;
Cláusula 32ª – Exclusão da complementação do benefício previdenciário;
Cláusula 34ª – Exclusão do auxílio assistencial para doenças incuráveis ou infecto-contagiosas;
Cláusula 40ª- Exclusão da cláusula de garantia contra a despedida imotivada;
Cláusula 47ª – Exclusão da estabilidade dos pré-aposentados;
Clausula 51ª – Exclusão da cláusula de interinidade;
Cláusula 55ª – Exclusão da cláusula de doação de sangue;
Cláusula 80ª – Exclusão da cláusula que garante o livre acesso dos Dirigentes e Representantes Sindicais aos locais de trabalho;
Clásula 81ª – Exclusão do direito à Representantes Sindicais;
Cláusula 100ª – Exclusão do Vale Cultura;
POR TUDO ISSO, OS METROVIÁRIOS E METROVIÁRIAS CRUZARÃO OS BRAÇOS A PARTIR DO DIA 22 DE MAIO!
Os metroviários e metroviárias do Rio Grande do Sul decidiram ENTRAR EM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO a partir da zero hora da terça-feira (22). A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária realizada no início da tarde desta quarta-feira (16). Nova assembleia ocorrerá na segunda-feira (21), às 12h30, no pátio da Trensurb.
A categoria também decidiu suspender a realização de horas extras entre os dias 21 de maio e 01 de junho. “Queremos tratamento similar ao dado à Unimed e às terceirizadas que estão tendo seus contratos reajustados com índices superiores à inflação,” declarou o presidente do Sindimetrô/RS, Luis Henrique Chagas. Em dois anos, a Unimed teve um reajuste de 27%.
A categoria exige o pagamento imediato do Acordo Coletivo de 2017, cujo índice definido pela justiça foi de 4,05%, retroativo a 1º de maio daquele ano; o pagamento de 2,76% correspondente ao Acordo deste ano; bem como a renovação das cláusulas sociais e a renovação do Acordo de Escalas.
A Trensurb suspendeu, de modo unilateral, o calendário de negociações da Campanha Salarial 2018 dos(as) metroviários(as), estabelecido de comum acordo na sexta-feira, 04. Inclusive a reunião marcada para esta sexta-feira, 11, foi cancelada.
Sem a garantia da negociação, não resta outra alternativa ao Sindimetrô/RS e à categoria senão chamar uma greve. A paralisação será discutida e votada na assembleia geral marcada para a próxima quarta-feira, às 12h30min, no pátio da empresa.
Para o presidente do sindicato, Luis Henrique Chagas, ao suspender o processo de negociação, a administração da empresa desdenha da categoria. A pauta foi entregue no dia 14 de março. Portanto, é mentirosa qualquer alegação de que é preciso tempo para estudar as reivindicações.
Tanto o Sindimetrô/RS quanto a categoria não aceitam nenhum tipo de retrocesso e muito menos a postura intransigente e inconsequente adotada pela atual administração da Trensurb. Sem negociação, agora é greve!
A atual administração da Trensurb demonstrou ontem toda a sua falta de disposição para negociar com os(as) metroviários(as). Em duas reuniões realizadas no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), rejeitou a contraproposta aprovada em assembleia geral e apresentada na terça-feira, 24. Ao final do dia, a Trensurb recorreu da decisão judicial que mandou aplicar os 4,05% sobre os salários do ano passado, negando-se a pagar o valor da inflação.
A empresa quer negociar de forma unificada os acordos coletivos de 2017 e 2018, ignorando o período de um ano de atraso na correção dos vencimentos da categoria. Com o intuito de deixar a categoria esperando e acalmar o movimento de greve, a Trensurb insiste em aplicar o índice nos salários somente daqui a 90 dias. Essa estratégia, porém, não teve o acordo da direção do Sindimetrô/RS e foi rejeitada em assembleia.
O Sindicato orienta a categoria a seguir mobilizada e garante a radicalização do movimento caso a administração da empresa mantenha a postura adotada até o momento. Atividades de mobilização e pressão estão sendo preparadas para os próximos dias.
Se não houver nenhum sinal de mudança na postura adotada pela Trensurb até aqui, o estado de greve aprovado na assembleia pode se transformar em sequentes paralisações ou na realização de uma greve por tempo indeterminado.