Metroviários decidem aderir à Greve Geral

Reunidos em assembleia geral na tarde desta quarta-feira, 19, na sede do Sindicato dos Metroviários, a categoria decidiu se somar a outras tantas categorias na luta contra as reformas da previdência e Trabalhista, contra as Terceirizações e Privatizações.
Portanto, no próximo dia 28, a partir da zero hora, os trens que atendem o braço norte da Região Metropolitana não irão circular.
Os metroviários entendem que agora é hora de lutar, de forma unitária com as demais categorias, contra a aprovação destas reformas. É preciso barrá-las. Do contrário, ninguém mais conseguirá se aposentar com aposentadoria integral no país.
A partir desta quinta-feira, 20, diretores do sindicato e membros da categoria estarão na linha conversando com colegas e com usuários sobre a importância da paralisação. “O sentimento da categoria é que devemos parar agora, depois não fará mais sentido”, avalia o presidente do Sindicato Luis Henrique Chagas.

Sindicato garante na justiça o fim da terceirização na manutenção

Os metroviários obtiveram uma importante vitória no Judiciário. Uma ação civil pública proíbe a terceirização no setor de Manutenção. Fruto de várias denúncias feitas pelo Sindimetrô/RS, a ação foi ajuizada em 2014, pelo Ministério Público do Trabalho – MPT, e teve sentença publicada no dia 15 de dezembro.

Provas irrefutáveis relativas as péssimas condições de trabalho no setor de manutenção, em decorrência da terceirização, foram apresentadas pela assessoria jurídica do sindicato ao MPT.
Além de colocar em risco os funcionários da Trensurb, o problema também coloca em risco os usuários do sistema.

A sentença determina que a empresa fica proibida de firmar novos contratos de terceirização envolvendo serviços de manutenção; de renovar ou prorrogar contratos de terceirização na manutenção preventiva, corretiva e emergencial da rede de tração, revisão geral dos Tues (trens) série 100, manutenção preventiva e substituição de seus equipamentos; serviço de manutenção preventiva da via permanente, entre outras atividades.

Também condenou a empresa a substituir os trabalhadores terceirizados na área  de manutenção de trens por empregados admitidos em concurso público, de vias férreas e da rede de tração no prazo de 180 dias, sob pena de multa, além de uma indenização por dano moral coletivo em favor do Fundo de Amparo do Trabalhador.

Projust  Assessoria  Jurídica

Metroviários decidem paralisar atividades nesta sexta

Em assembleia geral realizada na tarde da quarta-feira, dia 27, os metroviários decidiram paralisar as atividades na próxima sexta-feira, dia 29, contra o Projeto de Lei 4330 e para exigirem a revogação das Medidas provisórias 664 e 665, editadas pelo governo Dilma. Os trens que operam na região metropolitana de Porto Alegre deixarão de circular a partir da meia-noite da quinta-feira, dia 28.

Os metroviários se somarão a trabalhadores de outras categorias, que já confirmaram adesão ao dia nacional de paralisação. Os rodoviários de Porto Alegre decidiram em assembleia realizada na segunda-feira, dia 25, cruzar os braços. Mesma posição foi adotada pelos servidores do Judiciário e do Executivo estadual, dos municipários da capital (estes já em greve) e dos trabalhadores da rede estadual de educação.

O PL 4330 amplia a possibilidade de terceirização nas diferentes atividades econômicas e na prestação de serviços. Abre, inclusive, a possibilidade de se contratar empresas terceirizadas para operarem nas chamadas atividades-fim. Mas o dia também servirá para exigirem a revogação das MPs 664 e 665, que reduzem o acesso ao seguro desemprego, ao auxílio-doença e à pensão por morte.

O salário médio dos trabalhadores terceirizados é 30% menor do que o dos contratados diretamente e a jornada de trabalho é de cerca de 3 horas a mais. Outro dado que desfavorece o terceirizado é o que diz respeito aos acidentes e mortes nos locais de trabalho. De cada 10 acidentes de trabalho, oito são com trabalhadores terceirizados. Para cada cinco mortes ocorridas nos locais de trabalho, quatro são de terceirizados.