Ontem, 12, foi finalizada a drenagem da água da Estação Mercado, em uma ação conjunta entre DMLU e Petrobrás. Após um mês das consequências da maior enchente que o Estado vivencia, as estações Farrapos, São Pedro e Rodoviária ainda seguem inoperantes. Ainda não é possível saber o tamanho dos estragos. Por enquanto, não há previsão de retorno neste ano para a operação em Porto Alegre.

A Trensurb está circulando de forma emergencial de Novo Hamburgo até a estação Mathias Velho, em Canoas. O serviço que a Trensurb pública presta é essencial à população gaúcha. Por R$ 9, o passageiro ia e vinha de Porto Alegre a Novo Hamburgo.

Agora, quem precisa ir trabalhar, está dependendo de longas filas e ônibus lotados da Metroplan. O serviço é precário, superlotado, caro e muito mais demorado. A passagem é R$ 6,85. São quase 14 reais para ir e voltar diariamente, um absurdo diante do impacto para quem perdeu casa, móveis, carros e empregos e não tem alternativa.

Defendemos a TARIFA ZERO, como uma contrapartida para a reconstrução neste momento em que milhares de gaúchos precisam recomeçar. Precisamos construir um projeto político para destinar investimentos na expansão de um sistema de transporte coletivo, público e com responsabilidade ambiental. Transporte é direito, não mercadoria! Contra as privatizações e as terceirizações!

Leite e Melo são responsáveis pela demora e incompetência em apresentar soluções que amparem e reconstruam a vida dos gaúchos após a enchente. Foram cúmplices dos desmontes das políticas de combate à destruição do meio ambiente e da infraestrutura pública. O resultado da devastação fez o povo gaúcho ser vítima do colapso climático e social. É inaceitável que o trabalhador e a trabalhadora paguem a conta do caos. Nestes momentos de crise, se torna ainda mais importante a ação do serviço público. É a hora de pressionar os governantes e cobrarmos ações efetivas para a melhora da vida de quem mais precisa.