O Sindimetrô RS encerra o ano com uma única certeza: de que a luta contra a privatização continua em 2024
Desde sua vitória nas urnas, Lula enfrentou uma grande herança de retrocessos da era de Bolsonaro. O primeiro ano de mandato de Lula está chegando ao fim. Avançamos. Pela primeira vez desde 2017, preço dos alimentos fecha o ano em queda, a retomada de programas importantes como o Bolsa Família. O salário mínimo teve um aumento acima da inflação. O programa Desenrola, que a reduziu dívidas de muitos brasileiros e brasileiras.
Mas por outro lado, também tivemos muitos entraves. Lula prometeu em campanha eleitoral que a era das privatizações no país acabariam. Em maio, Rui Costa, Ministro da Casa Civil, responsável pelo processo, se pronunciou e garantiu que a Trensurb estava fora da lista de privatizações. Nesta semana, a promessa completou sete meses. Os estudos de concessão continuam e sabemos que nada está garantido.
Em outubro, Lula demitiu a presidente da Caixa e entregou a instituição para o Centrão em troca de apoio ao governo no Congresso. Outro retrocesso é a aprovação do marco temporal nesta semana pelo Congresso Nacional, mesmo após a decisão do STF ter julgado contra a tese. O marco temporal beneficia a bancada ruralista e coloca em risco territórios indígenas e todo o meio ambiente.
O Sindimetrô RS vem lutando incansavelmente para a retirada da estatal do Plano Nacional de Desestatizações. Neste ano, tivemos diversas reuniões com parlamentares e com representantes do governo, cobrando ações concretas para a retirada e o fim das privatizações, Realizamos ações com os(as) usuários(as) para alertar sobre os perigos da privatização e articulamos audiências pela garantia do futuro do sistema metroferroviário federal e pela expansão da Trensurb para mais cidades da região metropolitana,
Queremos avanços reais, e um governo que esteja do lado do povo trabalhador. E para 2024, seguiremos em mobilização! Nossos direitos não são moeda de troca. Pela Trensurb pública e estatal, por tarifa zero e pelo fim das terceirizações, junte-se à luta!