Dia 31 de março marca os 60 anos do golpe civil-militar no Brasil, uma ditadura que teve seu apoio nas classes dominantes conservadoras. O período durou mais de 20 anos, retirou liberdades políticas. perseguiu, torturou e matou milhares de pessoas, inclusive mulheres grávidas e crianças.
A data emblemática deve ser lembrada como um período tenebroso da nossa história. Precisamos deixar um recado para aqueles que ainda hoje querem o fim do regime democrático: para que não se esqueça, para que não se repita, ditadura nunca mais.
Na quinta-feira, 28, representantes do Sindimetrô RS, Sindisaúde e ASERGHC se reuniram para um seminário de formação sindical com foco em debater sobre as ditaduras civil-militares da América Latina. O encontro contou com o relato do metroviário argentino Daniel Villavicencio e da Dep. Estadual Luciana Genro.
Existem muitos casos que nunca foram investigados, hoje revelados pela Comissão da Verdade. Brasileiros e brasileiras que resistiram contra as opressões e defenderam a democracia que seguem desaparecidos. Suas famílias estão sem resposta até hoje.
Isso porque a Lei de Anistia que veio ao fim do período perdoou criminosos do período antidemocrático. Ao contrário de outros países da América Latina que julgaram e condenaram militares, o Brasil deixou os militares ficarem impunes.
Uma das maiores fake news da época da ditadura foi que a economia do Brasil despontou. A dura verdade é que os militares quebraram o país, com altos níveis de inflação e desemprego, a dívida externa cresceu 30 vezes, passou de US$ 3,4 bilhões em 1964 para mais de US$ 100 bilhões em 1985. Nesse período, o salário mínimo caiu 50% em valores reais, políticas de arrocho salarial eram prática comum, com reajustes abaixo da inflação, fazendo explodir a desigualdade social.
É preciso defender a democracia e combater o fascismo e o conservadorismo nos dias de hoje. O bolsonarismo reivindica o militarismo vivido na ditadura e promove atos contra a democracia. No dia 8 de janeiro de 2023, uma tentativa de golpe articulado com todo o aparato público com o alto comando das forças armadas, ministros e o ex-presidente Bolsonaro.
Lula cancelou manifestos públicos de seus ministérios sobre o golpe como o que seria organizado pelo ministro dos Direitos Humanos.
Neste ato, seria feito um pedido público de desculpas em nome do Estado brasileiro às vítimas da ditadura. Este ato seria uma reparação simbólica diante da impunidade do período antidemocrático. No entanto, Lula decidiu manter sua política conciliadora não só com a classe empresarial mas com os militares. Ditadura Nunca Mais! Sem anistia aos golpistas! Democracia sempre!