Quando o assunto é assédio sexual, as diretoras do Sindimetrô/RS marcam posição e dão voz às colegas metroviárias vítimas desse tipo de crime.

As diretoras da Secretaria da Mulher, Diana da Rosa e Flaviani Castro, e a secretária-geral Ayllu Acosta integraram a bancada do programa Visão em Revista, ancorado pela jornalista Mariana Santos.
O assédio sofrido pela metroviária Cibele, no seu local de trabalho, ganhou notoriedade pelo fato da vítima denunciar. A partir daí, o Sindimetrô articulou uma série de ações para pressionar a Trensurb e impedir que o caso fique impune.

Ayllu destacou que uma das reivindicações é de que a composição da comissão que vai analisar o caso tenha maioria de mulheres: “Imagina o constrangimento que é a vítima ter que relatar o que aconteceu para uma bancada só de homens?”, declarou a secretária-geral.

Esse episódio desencadeou uma campanha que abrange também as funcionárias das empresas terceirizadas. As vítimas sempre acabam demitidas, sem qualquer amparo por parte da empresa prestadora de serviço e da Trensurb: “Além da violência de ter sido assediada, a vítima é punida com a demissão. O assediador sempre sai impune”, criticou Diana.

As diretoras defenderam que não basta os colegas homens criticarem o assediador: “É preciso que eles digam aos outros homens que a piadinha ou o toque desnecessário são atos que legitimam essa cultura”, apontou Flaviani.

Durante a conversa foram abordadas diversas situações a que as mulheres são submetidas diariamente e que demonstram o machismo estrutural presente na sociedade. É necessária uma educação anti machista, que esteja presente em casa, na escola, no trabalho e nas demais instituições.

O programa, que ocorreu nesta quarta-feira, dia 13, na rádio Visão do Vale, de São Leopoldo pode ser visto acessando este link: http://bit.ly/VisaodoVale