Na tarde desta segunda-feira, 13, os metroviários decidiram por ampla maioria em assembleia geral pela aprovação da contraproposta apresentada pela empresa. A última mediação feita pelo TRT com o Sindimetrô RS, a comissão de negociação e a Trensurb.
Após quatro meses e meio de negociações, a empresa exigiu a exclusão de seis cláusulas dos acordos – algumas delas conquistas históricas, de décadas de lutas – eram elas:
● 8ª cláusula: Adicional Noturno
● 48ª Cláusula: Marcação de Férias;
● 49ª cláusula: Licença Médica/Melhoria Salarial;
● 58ª cláusula: Garantia dos Direitos Sindicais;
● 61ª cláusula: Desconto Assistencial;
● Acordo de Escalas – 9ª cláusula: exclusão do parágrafo único
Depois de voltar atrás nestas cláusulas já negociadas e acordadas, a categoria decidiu por decretar “estado de greve”. A mobilização surtiu efeito e fez a empresa recuar em quatro das seis cláusulas em uma nova mediação, ocorrida em 03/09.
Em uma terceira mediação, ocorrida na quarta-feira, dia 8, a empresa desistiu da quinta cláusula que regulava a licença médica para fins de promoção e progressão internas. A empresa indicou a exclusão de uma das cláusulas em nova proposta, a que versava sobre marcação de férias, na qual a categoria cedeu, pois ela está assegurada pela CLT.
No final da tarde desta segunda, uma última mediação no TRT 4 entre as partes encerrou as negociações a partir da decisão da categoria em assembleia geral. A renovação dos acordos por dois anos garante reposição inflacionária de 100% do índice do INPC nos salários em maio de 2022 e um abono de R$1.000,00 em julho de 2022.
Agora, todas as forças dos metroviários miram no processo de privatização que segue seus trâmites no BNDES e no Programa de Parceria e Investimentos (PPI) do governo Bolsonaro: “Aprovar nosso acordo faz com que possamos avançar e abrir caminho para a verdadeira luta que é contra a privatização”, afirmou Ronas Filho, diretor jurídico do Sindimetrô RS.