TODO APOIO AOS METROVIÁRIOS! PELO DIREITO DE GREVE! NÃO À CRIMINALIZAÇÃO DOS QUE LUTAM!
No dia 24 de junho diversas entidades do movimento sindical e estudantil, de partidos políticos e movimentos sociais, reuniram-se no SINDISPREV-RS para iniciar a construção de um ato de solidariedade aos 42 metroviários demitidos como retaliação à greve. O debate apontou a necessidade da ampliação da solidariedade a todas e todos que lutam e que estão sendo criminalizados, pois se consolidou o entendimento de que há uma ação conjunta das instituições (judiciário, legislativo e executivo) para combater a organização dos trabalhadores em seus distintos locais de trabalho e movimento. Prova disso é que, além dos demitidos do metrô de SP – punição exemplar e com caráter “pedagógico” – há os educadores do RJ com processos administrativos e reprovação nos estágios probatórios, garis também do Rio, a ilegalização da greve da FASUBRA e SINASEFE, dos rodoviários em Porto Alegre, da imposição de 100% de funcionamento de serviços julgados essenciais. Nos movimentos sociais a perseguição se repete com prisões arbitrárias, inquéritos pautados em provas forjadas e acusações infundadas.
O uso permanente da repressão policial montou um estado de exceção aos lutadores, impedidos até mesmo de marchar pela cidade. O mais elementar direito burguês não vale aos que lutam: o direito de ir e vir. Desta forma, as entidades reunidas convocam a todas e todos para construírem ato público na segunda semana de julho, visando a solidariedade política e financeira aos que foram demitidos e o debate coletivo para a defesa de todas e todos os perseguidos e criminalizados.
Além disso, foram encaminhadas as seguintes propostas:
– semana de campanha de solidariedade aos metroviários, com impressão e distribuição dos adesivos produzidos pelo SINDIMETRÔ –SP;
– publicação em todos os sites e jornais do texto debatido na comissão;
– campanha financeira para ajudar no sustento dos demitidos e para pagar a multa do SINDIMETRÔ-SP
– Apoio ao (Des) Tribunal Popular organizado pelo Bloco de Lutas de Porto Alegre, dia 3 de julho, 17h30, no CPERS.
– Ampliação da convocação de entidades para o ato.
– Fundação de comitê permanente no ato.
Em Assembleia Geral Extraordinária, com 82 votos favoráveis, 61 votos contrários e uma abstenção, a categoria metroviária decidiu aceitar a última proposta apresentada pela empresa. A categoria, reunida na sede do Sindimetrô, discutiu de uma forma democrática as vantagens e desvantagens da construção das propostas do Acordo Coletivo apresentadas tanto pelo Sindicato quanto pela empresa.
O Sindimetrô defendeu, contundentemente, a alternativa apresentada pelo sindicato. Porém conforme a votação já mencionada, ficou decidido que a proposta que contempla a maioria da categoria engloba a incorporação do adiantamento de 1,5% no salário; reajuste de 6,28% (IPCA); R$ 700,00 no valor mensal dos tíquetes; 13° nos tíquetes, no mesmo valor, pago em dezembro; vale-cultura; garantia dos benefícios concedidos às outras entidades representativas ao Sindimetrô.
O Sindimetrô parabeniza pelo espírito de luta e pela participação da categoria, que mais uma vez demonstrou o amadurecimento político sindical, lotando o auditório e decidindo de forma consciente, fazendo valer os seus direitos, por voz e voto, encerrando a campanha salarial que culmina com o fechamento do nosso Acordo Coletivo.
Por 81 votos a favor, 62 contrários e uma abstenção, os metroviários decidiram nessa terça-feira, em Assembleia Geral da categoria, adiar para a próxima sexta-feira, dia 13, a decisão de paralisar o metrô de Porto Alegre.
A decisão seria tomada na Assembleia de hoje, mas como a Trensurb enviou nova proposta ao Sindimetrô/RS, os dirigentes do sindicato colocaram em votação o adiamento da decisão sobre a greve. Na nova proposta da empresa, os trabalhadores teriam que escolher entre a Cesta Básica, reivindicada pela categoria no ACT, ou pelo Plano de Carreira, implantado no começo de abril.
Segundo o presidente do Sindimetrô/RS, Luis Henrique Chagas, a direção da Trensurb está tentando usar o Plano de Carreira como um fato de negociação salarial.
“Mas nem o Sindimetrô, nem a categoria, participou da elaboração do Plano de Carreira, que é uma decisão individual do trabalhador se adere ou não. Nele, cerca de 300 trabalhadores não obterão nenhum aumento. Já o Acordo Coletivo de Trabalho, como o nome indica, é coletivo e atinge a todos os trabalhadores. Um não tem vinculação com o outro, ao contrário do que a direção da empresa argumenta”.
A nova proposta da empresa foi entregue pouco antes da Assembleia Geral dos metroviários, marcada para as 15h30, e como ela tem que ser avaliada pela Comissão de Negociação do ACT e pelo Setor Jurídico, a direção do Sindimetrô resolveu colocar em votação a proposta do adiamento da decisão da greve, iniciativa que acabou derrotando os planos da empresa.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado do Rio Grande do Sul, por seu presidente, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, convoca os empregados da EMPRESA DE TRENS URBANOS DE PORTO ALEGRE S/A – TRENSURB, em especial os seus associados, para Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no próximo dia 10 de Junho de 2014, no Sindimetrô, sito à Rua Monsenhor Felipe Diehl, 48 – Bairro Humaitá – Porto Alegre – RS, em primeira chamada às 15h30 e, em segunda e última convocação, às 16h, para discutir e deliberar sobre a seguinte ORDEM DO DIA:
Deliberar sobre a deflagração ou não da greve e, no caso de aprovação, definir data de início da paralisação coletiva de trabalho.