Num dia histórico para o futuro da classe operária do Brasil, os metroviários gaúchos mais uma vez mostraram que ficar de braços cruzados, esperando que alguém faça alguma coisa pelo trabalhador, não tem a nossa cara. Voltamos a nos inserir na história do sindicalismo nacional como uma categoria corajosa e consciente acerca de direitos conquistados com muita luta ao longo dos últimos séculos. Lutas que levaram, inclusive, mulheres e homens à morte. Pessoas que ousaram rechaçar do nosso país um sistema escravagista imposto por um imperialismo desumano praticado pelo sistema capitalista.
Infelizmente é a volta desse sistema que tem norteado as ações do atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). O parlamentar, com o apoio de muitos outros colegas, deseja acabar com conquistas históricas dos trabalhadores. O Projeto de Lei 4330, que amplia a possibilidade de terceirização em todos os setores da economia e da prestação de serviços, nada mais é que um navio negreiro aportando novamente no nosso território. Desta vez, porém, negros e brancos serão escravos de um sistema voltado exclusivamente ao lucro, que dá às costas para o social. A precarização das relações de trabalho é o que almejam o presidente da Câmara e o governo Dilma.
Entretanto, a mobilização do dia 29 de maio, em todas as regiões do país, deixou claro que os trabalhadores não aceitarão de braços cruzados a retirada de direitos. E os metroviários, em particular, não abaixarão à guarda. Atentos estarão diante de projetos e outras medidas draconianas dos governos federal e estadual e do Congresso Nacional. A família metroviária continua unida e muito forte. O Sindimetrô-RS agradece a categoria, que com coragem e disposição de luta tem enfrentado de modo exemplar este conjunto de projetos elaborados por congressistas e governantes que atentam contra a classe trabalhadora brasileira.
Avante metroviários! Rumo à greve geral, se preciso for!