Audiência pública realizada na noite de segunda-feira, 17, na Câmara de Vereadores de São Leopoldo, marcou a retomada do debate acerca da intenção do Governo Federal de privatizar a Trensurb.

Iniciativa da direção do Sindimetrô/RS, com proposição do vereador Dudu Moraes, o encontro reuniu metroviários, representantes da CSP Conlutas, CUT, Fenametro e de sindicatos e movimentos sociais da região do Vale dos Sinos.

A eventual privatização da empresa representa um retrocesso na qualidade do serviço prestado aos usuários, no custo da tarifa e na relação empregatícia. Onde os metrôs foram privatizados, a qualidade caiu, a passagem subiu e as relações trabalho foram precarizadas.

Para o Sindimetrô/RS, a eventual privatização da Trensurb somente trará prejuízos aos metroviários e aos cerca de 200 mil usuários/dia do trem. O transporte público de qualidade e com tarifa social é um direito do cidadão e um dever do Estado.

Importante para a mobilidade na parte norte da Região Metropolitana de Porto Alegre, o trem precisa ser mantido público e com aportes financeiros do governo para garantir a sua manutenção e passagens com preços acessíveis aos trabalhadores.

Além de audiências públicas, a II etapa da campanha lançada pelo Sindimetrô/RS contra a privatização da Trensurb conta com peças de divulgação e de diálogo com usuários. Cartazes e adesivos se contrapõem à privatização. Para o público usuário, o sindicato produziu um folder.

A audiência pública também exigiu o afastamento do presidente Michel Temer, líder de um governo que ataca direitos históricos dos trabalhadores. Para isso, é preciso fortalecer a unidade da classe trabalhadora. Não há mais espaço para governos de conciliação de classes.