É possível aceitar que uma empresa de transporte público suspenda as linhas, deixando a população a pé? Pois foi o que fez a empresa Trevo, com seis linhas da Zona Sul de Porto Alegre. Na quinta-feira (1º) foram retirados de circulação 18 ônibus e na sexta-feira outros 18, deixando os passageiros sem transporte. A alegação foi falta de dinheiro para o óleo diesel. A solução da prefeitura foi transferir o serviço, novamente, para a empresa pública Carris.

O presidente do Sindimetrô/RS lembra que durante a pandemia essa mesma empresa suspendeu o serviço, alegando falta de passageiros. Já está se tornando comum as empresas privadas deixarem a população sem ônibus.

Na avaliação da entidade falta planejamento para o transporte urbano de massa. A prioridade é para um sistema rodoviário de alto custo e qualidade baixa para o usuário: “Tem que investir na expansão das linhas do trem e ampliar a integração entre ônibus e trem”, defende Luís Henrique Chagas.

O presidente do sindicato também sugere a utilização de veículos menores nos horários com pouca demanda: “O que não pode é uma empresa abandonar o serviço e ficar por isso mesmo”, finalizou Chagas.

As linhas que a Trevo suspendeu são: Intendente Azevedo, Nazareth, Nazareth / Intendente, Nazareth / Intendente / Patrimônio, Cruzeiro do Sul e Pereira Passos.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Porto Alegre