O X Congresso dos Metroviários do RS começou na noite da sexta-feira, 9, com duras críticas aos ataques praticados contra direitos dos trabalhadores pelos governos. Medidas que começaram com FHC, tiveram continuidade com Lula e Dilma, e que estão sendo aprofundadas pelo governo Temer.

As críticas concentraram-se especialmente na aprovação da PEC 55, que tramita no Senado Federal, e que corta investimentos na saúde e na educação, além de congelar o reajuste do salário mínimo, e na anunciada Reforma da Previdência, que, se aprovada, inviabilizará a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.

São muitos os ataques, alguns, inclusive, com o aval do Poder Judiciário, casos da desaposentação, da prevalência do negociado sobre o legislado e da permissão de terceirizações nas atividades-fim.

“São ataques mortais contra os trabalhadores”, advertiu o presidente do Sindimetrô/RS, Luis Henrique Chagas, na cerimônia de abertura do congresso. “Os motivos para lutarmos são muitos”, finalizou o sindicalista.

Na mesma linha, seguiram os representantes da Fenametro, Fajardo e Celso, e de sindicatos de metroviários de outros estados, Alex (São Paulo), Ariston (Rio de Janeiro), Júlio (Distrito Federal), além de Vivi Zamboni, diretora do 42º Núcleo do CPERS/Sindicato (Camaquã).

Representando a direção nacional da CSP Conlutas, a professora Neida de Oliveira, fez uma saudação especial às mulheres metroviárias, que, segundo a dirigente, devem ser, no mínimo, 50% na direção do sindicato. Neida chamou a atenção para a necessidade de os sindicatos se convencerem da importância da autonomia em relação aos governos e aos patrões. Somente assim, acredita, será possível a construção de uma nova direção para a classe trabalhadora.

O Congresso prossegue neste sábado, 10, com o debate de conjuntura e com trabalhos em grupos que discutirão conjuntura, balanço, sindical, plano de lutas e propostas de alterações estatutárias.

foto1

foto2

foto3