Neste final de semana, as diretoras do Sindimetrô participaram do 11º Encontro das Mulheres Metroviárias de SP. Realizado na sede do Sindicato dos Metroviários, na capital paulista, dia 27/11, o evento contou com a participação de trabalhadoras dos metrôs do Brasil todo e teve mesas de debates e palestras com professoras, psicólogas e representantes do movimento negro.
A temática geral foi a resistência das mulheres metroviárias na pandemia e sua retirada de direitos por parte das empresas e dos governos em todas as esferas. Nossas representantes Diana e Mariazinha foram chamadas à fala para relatar a nossa campanha contra o assédio, o engajamento das trabalhadoras e seu desfecho com a demissão do assediador. Neste momento as diretoras tiveram a real dimensão de como aquelas manifestações contra o assédio e o machismo estavam sendo pioneiras e colocando a categoria metroviária gaúcha na vanguarda da luta nacional.
Na tarde de sábado as participantes foram divididas em dois grupos para a realização de bate papos em que as mulheres metroviárias pudessem expor as mais diversas realidades em suas comunidades e locais de trabalho, em relação ao assédio sexual e moral e às lutas da categoria. Destes debates surgiu o “slogan” para uma futura campanha da Fenametro: “O assédio é sempre igual, só muda o sotaque!”.
Ao final do dia foi aprovado uma carta de intenções com base nas temáticas abordadas no encontro como crise social, resistência, #EleNão, privatizações e as lutas contra o assédio moral e sexual. Além disso, o documento contou com reivindicações que podem vir a compor os próximos acordos coletivos de trabalho, como por exemplo, questões de equidade de gênero, racial, condição física e de orientação sexual.
Por fim, foi encaminhada a sugestão de treinamentos com a finalidade de qualificar os trabalhadores para a condução adequada no atendimento de casos de crimes raciais, de homofobia e de violências contra a mulher; e a implementação de cotas sociais em relação a mulheres, travestis e transexuais.