Os metroviários e as metroviárias mais uma vez foram às ruas neste sábado, para exigir o impeachment de Bolsonaro. A exemplo do que aconteceu em 29 de maio (29M) e 19 de junho (19J), o protesto deste sábado reuniu milhares de pessoas em Porto Alegre. Foi o terceiro ato contra o governo num prazo de 35 dias.
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Para o diretor de comunicação do Sindimetrô/RS, o presidente é uma ameaça constante à democracia e à vida de todos nós. São mais de 520 mil mortes por covid, há falta de vacinas, perseguição aos funcionários públicos, privatizações e ataques diários à imprensa: “Uma lista enorme de desmandos que está mobilizando multidões pelo impeachment”, disse Lucas Viegas.
Segundo a vice-presidente do sindicato, as manifestações organizadas por centrais sindicais, partidos de esquerda, estudantes e movimentos sociais começam a ganhar representantes dos partidos de centro e dos chamados bolsonaristas arrependidos. “Até quem não tem envolvimento político já percebeu que esse governo não pode continuar”, alerta Keity Goularte.
O diretor jurídico, Ronas Mendes Filho, aponta ainda que as investigações da CPI trouxeram à tona um escândalo na compra das vacinas: “A revelação de que Bolsonaro sabia das negociatas do líder do governo com laboratório farmacêutico foi uma bomba”.
Segundo a secretaria-geral, entidades sindicais de diversas categorias estão organizadas para defender os trabalhadores, e o Sindimetrô luta em três frentes: “Garantir os direitos dos metroviários na negociação coletiva, barrar a privatização da Trensurb e tirar o Bolsonaro do poder”, revela Ayllu Duarte Acosta.
As manifestações pelo impeachment de Bolsonaro ocorreram em todas as capitais, no Distrito Federal e em inúmeras cidades do interior do país. No exterior também foram registrados atos pelo “Fora Bolsonaro”.