Na tarde desta quarta-feira (9) ocorreu uma nova rodada de negociações entre o Sindimetrô RS, a Trensurb e a comissão de base formada para participar das conversas sobre os acordos coletivos dos metroviários.
Houve avanços significativos como a concordância de todas as partes pela renovação do acordo de escalas, faltando definir apenas o prazo desta prorrogação (se 1 ou 2 anos). Nas questões sociais foram aprovadas a inclusão de uma cláusula de combate à discriminação, assédio moral e sexual.
Para a secretária-geral do Sindimetrô/RS é positiva a concordância da empresa com a cláusula de combate ao assédio: “É um avanço importante para as metroviárias. Mudar a cultura de opressão das mulheres exige a implementação de políticas efetivas”, destacou Ayllu Duarte Acosta.
Também tivemos progresso quanto aos novos procedimentos de entrega de “atestados médicos e psicológicos”, para que estes possam ser apresentados por meios eletrônicos ao ambulatório.
Nas cláusulas econômicas a Trensurb nega aumento aos metroviários baseada na Lei Complementar Nº 173, que veda reajuste aos servidores até 31 de dezembro de 2021. O Sindimetrô fez contraproposta de reposição a ser dada a partir de 1º de janeiro de 2022. O sindicato ainda propõe a renovação dos acordos por 2 anos, entretanto, a empresa vincula esta condição ao reajuste/reposição salarial zero em ambos os períodos.
Ao todo foram aprovadas 55 cláusulas do ACT e encaminhada a renovação de todas as escalas atuais. Os demais temas divergentes devem ser pauta de debates nas próximas reuniões. O próximo encontro será presencial e em uma data a ser definida.
“A negociação continua e o objetivo do Sindimetrô é manter os direitos conquistados e repor as perdas financeiras”, disse o presidente da entidade Luís Henrique Chagas.