A Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre, foi palco de um ato público, nesta quinta-feira, 24, em defesa dos aposentados e da previdência social. Centenas de trabalhadores de várias categorias se reuniram para protestar contra o desmonte do INSS e contra a reforma da previdência. Os metroviários participaram do protesto.

Os governos culpam a previdência pela crise econômica e apresentam projetos de reforma que dificultam o acesso à aposentadoria, aumentando o tempo de contribuição e a idade mínima para se aposentar. O atual governo já tem uma proposta engatilhada e que deve ser enviada à Câmara dos Deputados em breve. A proposta não ataca os privilégios dos mais ricos, dos militares, dos parlamentares e dos juízes, mas endurece as regras de aposentadoria para os trabalhadores, sobretudo os mais pobres.

INSS – A situação do INSS é crítica, com falta de servidores, sucateamento das condições de trabalho, fechamento de agências e ausência de concurso público. 55% dos servidores do INSS estão aptos a se aposentar esse ano, sendo que mais de 600 funcionários já foram aposentados nos primeiros 15 dias de 2019.

O sucateamento do INSS é intencional, a fim de convencer a população de que a única saída é a privatização e terceirização dos serviços. Destruir a estrutura do INSS significa obrigar a população a pagar para acessar os seus direitos. O colapso do INSS e o projeto de reforma da previdência terão efeitos devastadores para a sociedade.

UNIDADE – Neida Oliveira, da Secretaria Nacional da CSP Conlutas, além de destacar a importância do trabalho da categoria dos previdenciários, falou da necessidade de unidade dos trabalhadores para enfrentar os ataques dos governos.

A unidade é extremamente necessária para defender os sindicatos e as organizações do movimento popular. “A CSP Conlutas também defende a realização de uma forte greve geral, mas isso exige unidade e construção a partir da base”.

Falando em nome do Sindimetrô/RS, o dirigente Clovis Nei Pinheiro enfatizou a necessidade de repetir, agora em 2019, as manifestações realizadas em 2017, fundamentais para impedir a reforma naquela oportunidade. “Vamos lutar contra a reforma da previdência e as privatizações” destacou.