Em meio a uma pandemia, que já matou mais de 23 mil brasileiros e está gerando uma crise econômica gigante, as empresas de ônibus de Porto Alegre reduziram, aproximadamente, 150 horários e querem eliminar 12 linhas. O motivo seria um prejuízo pela falta de passageiros. Além da capital, transportes de cidades da região metropolitana também deixaram a população na mão. Como exemplo, em Canoas, a empresa Vicasa interrompeu a linha para Porto Alegre e as linhas integração. Para os passageiros do Catamarã, nos finais de semana, restou depender dos ônibus da Expresso Rio Guaíba, que também reduziu os horários.
Desde o dia 19 de março, quando foi decretado o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul por causa do coronavírus, os metroviários não pararam. Levar e trazer de volta para casa os trabalhadores das atividades essenciais tornou-se uma missão diária. Os passageiros dos ônibus, no entanto, não podem contar com o mesmo tratamento por parte das empresas privadas.
A crise sanitária acendeu uma luz vermelha, onde a população viu a importância do SUS. Sem esse serviço de saúde pública, estaríamos no caos. Também mostrou o enorme valor que tem as estatais Carris e Trensurb. Se o trem fosse privado, como querem o Guedes e Bolsonaro, o que teria acontecido quando o número de passageiros caiu de 160 mil para 27 mil? Certamente não funcionaria nos finais de semana, abandonando os trabalhadores, como têm feito as máfias do transporte.
A diretoria do Sindimetrô-RS lembra que o transporte é um serviço essencial e um direito constitucional, por isso não pode ser tratado como mercadoria. Quando você mais precisa, o serviço público não te abandona!