Seminário realizado na manhã desta quinta-feira (25) discutiu o atual modelo e o tipo de segurança que se quer para o sistema metroviário de Porto Alegre e do eixo norte da Região Metropolitana. Organizador do evento, o Sindimetrô/RS entende que a empresa que administra o trem metropolitano precisa ser pública e estatal, e que preste um serviço de qualidade ao público usuário.
O vereador Marco Antônio da Rosa, de Sapucaia do Sul, abriu o evento afirmando que o Brasil tem um dos maiores índices de criminalidade do mundo. Segundo ele, o estado está falido e o peso desta falência recai sobre os órgãos de segurança. “Uma empresa pública tem que ter um corpo de seguranças equipado e capacitado para garantir a segurança dos seus funcionários e dos seus usuários”, destacou o parlamentar.
O Chefe do Setor de Operações da Trensurb, José Adriano Pinto dos Santos, destacou o modo de segurança empregado pela empresa, que trabalha com o conceito de segurança-cidadã, sem o confronto direto com quem comete infrações dentro do sistema. ”A Trensurb tem adotado o conceito de segurança-cidadã porque é contra a segurança armada, trata-se de uma política que evita confrontos armados nas suas plataformas”, frisou Adriano.
Para o Tenente-Coronel Eduardo Amorim, do 15º BPM, com sede em Canoas, é preciso existir uma integração entre a sociedade e os órgãos de segurança. “Estamos à disposição para solucionar os problemas, mas é preciso haver uma integração para que se encontre soluções para os problemas”, destacou. Concluiu afirmando que as ocorrências são iguais para quem assalta com arma de plástico ou para quem usa fuzil para cometer delitos.
O representante do corpo de seguranças da empresa, Alexandre Gonçalves, abordou as dificuldades enfrentadas no dia a dia de trabalho. Citou a carência de profissionais para atuar na segurança. Em 2007, segundo afirma, o efeito teria que ser de 170 profissionais, mas eram cerca de 100 atuando em 17 estações. Hoje, são 80 para atuarem em 23 estações. “São seis duplas apara atuarem nas 23 estações. Portanto, é urgente o aumento do efetivo da segurança”, frisou.
Durante as intervenções do público, foi lembrado que os bandidos conhecem as fragilidades da segurança da Trensurb e, por isso, agem impunemente. E que ao longo dos anos a Trensurb aplicou uma política de desvalorização dos seus funcionários. E os reflexos desta política são enfrentados pelos trabalhadores da empresa e pelos usuários do sistema.