Durante visita de rotina às estações da Trensurb para conversar com os trabalhadores da empresa, diretores do Sindimetrô/RS, alertados por colegas, constataram a existência de um foco do mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, junto a uma escada metálica localizada na estação Farrapos. Cheio de água parada, o fosso – base para uma futura escada rolante – encontra-se provisoriamente coberto com tábuas. A proteção não é, porém, suficiente para eliminar frestas por onde os mosquitos circulam.
Alertada sobre o problema, a empresa ainda não tomou nenhuma providência. Tenta culpar os funcionários responsáveis pela limpeza, que “deveriam evitar de jogar água no local”. Uma medida impossível de ser adotada, uma vez que despejar água sobre o piso da estação é condição necessária à sua efetiva limpeza. A solução é simples e passa por eliminar em definitivo o fosso que tem a mesma idade da linha do trem, ou seja, 30 anos.
Preocupado com a saúde dos trabalhadores e dos usuários da Trensurb, o Sindimetrô/RS solicitou uma imediata solução para o problema. Se nenhuma medida for adotada pela empresa, o sindicato encaminhará o caso às autoridades sanitárias da capital e de toda a região metropolitana, pois o problema verificado na estação Farrapos, possivelmente se repete nas demais estações com escadas provisórias que acabaram se tornando permanentes.
Porto Alegre é uma das muitas cidades brasileiras com focos do mosquito da dengue. O problema, porém, não se limita à capital, atinge outros municípios da região metropolitana. A linha do trem atende seis cidades e transporta cerca de 200 mil pessoas por dia. É, portanto, de se esperar que autoridades sanitárias e dirigentes da Trensurb não poupem esforços nos sentido de eliminar qualquer foco do mosquito.