A meta do Sindimetrô/RS para 2021 é impedir a privatização da Trensurb. E para isso precisa convencer o usuário que o serviço vai piorar e a tarifa será maior, se a empresa for vendida. Mas sozinhos, os metroviários e as metroviárias, não conseguirão. Só unidos aos trabalhadores de outras categorias conseguiremos levar a mensagem à população. A afirmação foi do presidente da entidade, Luís Henrique Chagas, em entrevista na rádio Visão do Vale, na manhã desta terça-feira, 22.

Chagas alertou que os serviços já reclamados pelos usuários, como a limpeza dos banheiros e a manutenção de elevadores e escadas rolantes, já são privatizados.

Apesar disso, o quarto trimestre de 2021 segue como prazo do governo Bolsonaro para entregar a estatal ao capital privado. “A alegação de que a Trensurb dá prejuízo é conversa fiada. A Petrobras dá lucro e vai ser vendida também”, enfatizou o dirigente.

O sindicato preparou um estudo que aponta os problemas e indica as ações para corrigir o déficit na Trensurb. Uma delas é corrigir os supersalários: “São poucos ganhando muito, e muitos ganhando pouco”, afirmou Chagas.

O assédio sexual também foi pauta do programa, por conta do caso que ocorreu com uma metroviária no ambiente de trabalho. O presidente relatou que as diretoras do sindicato foram à administração da Trensurb cobrar a apuração dos fatos e uma punição exemplar. E também revelou a intenção de se fazer uma campanha institucional contra o assédio às mulheres.

A entrevista foi dada aos apresentadores Bado, Mariana e Amanda, no programa Visão em Revista, na sede da emissora em São Leopoldo. A íntegra da entrevista pode ser conferida em www.facebook.com/Grupovisaodovale.