Duas equipes da universidade fizeram a coleta das amostras para o teste PCR-RT, o mais eficaz para o diagnóstico da covid. Divididas em dois trechos (Norte e Sul) as equipes testaram 126 metroviários que estavam na escala de trabalho neste dia. O efetivo noturno das estações virá ao sindicato nesta quinta-feira (18) para realizar a coletagem.
O presidente do Sindimetrô, Luís Henrique Chagas, disse que a medida tem o objetivo de saber os níveis de contaminação dos metroviários da linha de frente: “Nosso receio é que a situação saia de controle, com mais colegas contaminados e doentes”, disse Chagas.
A falta de um gerenciamento nacional da crise sanitária por parte do governo Bolsonaro também se reflete na desorganização local destas ações. A Trensurb segue perdida nos critérios dos afastamentos dos suspeitos de infecção, no ritmo das testagens e também nas orientações básicas para o dia-a-dia dos trabalhadores nos setores e nas estações.
Atualmente a empresa possui cerca de 70 trabalhadores afastados por causa da doença. Cinco estão internados, sendo que destes, três estão em estado grave. No último domingo morreu o primeiro metroviário gaúcho, vítima de covid-19.
Chagas também ressaltou a importância de uma revisão nas prioridades de vacinação por parte das três esferas de governos: “A contaminação de apenas um trabalhador já coloca em risco milhares de usuários todos os dias e pode afetar a prestação dos serviços. Por isso, os metroviários pedem que a empresa atue politicamente e exija urgência na vacinação da categoria.”, enfatizou o presidente da entidade.