Analisar a conjuntura da política nacional, reorganizar e fortalecer as entidades sindicais, elaborar um plano contra as privatizações e recuperar os direitos dos trabalhadores, entre outras deliberações importantes. Essas foram as temáticas centrais das discussões no 4° Congresso Nacional da CSP – Conlutas, que reuniu centenas de participantes na cidade de Vinhedos, em São Paulo, entre os dias 3 e 6 de outubro.
Filiado à Central Sindical e Popular, o Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul esteve representado pelos seus dirigentes, Luis Henrique Chagas, Ayllu Acosta e Giba Sanches. Eles participaram da setorial de transportes, que reuniu 54 trabalhadores das categorias de metroviários, ferroviários, rodoviários, aeroviários e caminhoneiros. Sendo três delegações internacionais com companheiros do México, Itália e Argentina. Além do RS, estiveram presentes os metroviários do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco.
A pauta incluiu as privatizações e terceirizações dos metrôs de Porto Alegre, São Paulo e Recife; o alto valor das tarifas – segundo última pesquisa do IBGE, os brasileiros gastam mais com transporte do que com alimentação; perseguição aos sindicalistas do RS e de SP, que foram afastados ou demitidos sumariamente na greve geral de 14 de junho; arrocho salarial; acidentes de trabalho e alta rotatividade dos trabalhadores nos setores privados. O grupo deliberou sobre a elaboração de uma cartilha nacional do setor, com a inclusão do tema assédio sexual às mulheres no transporte público. Além disso, foi encaminhada uma moção de apoio aos seis colegas sumariamente afastados na greve geral, repudiando a direção da empresa e o governo Bolsonaro.