A juíza Valdete Souto Severo, do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região escreveu o artigo: “Por que é possível falar em política genocida no Brasil em 2020?”. O ministro Humberto Martins do Conselho Nacional de Justiça determinou uma investigação e que a juíza preste informações sobre a publicação.
Valdete Severo é reconhecida por posições que defendem a democracia e os direitos sociais constitucionais, além de questionar o neoliberalismo e a política autoritária e fascista implementada no Brasil.
Desde março, a COVID-19 se tornou tema político, quando deveria ser um problema de saúde pública e sanitária. Hoje, o país já ultrapassa 80 mil mortes e mais de 2 milhões de infectados.
Neste período, houve a demissão de dois ministros da saúde e o governo mantém um militar de interino, Eduardo Pazuello. O Presidente Jair Bolsonaro desmoralizou os ministros, não seguindo as recomendações de distanciamento social e uso de máscara da Organização Mundial da Saúde. Ainda faz apologia ao uso da medicação cloroquina (reconhecidamente sem eficácia).
Portanto, a política do governo e a ação do presidente tem intenção clara de que a maioria das pessoas sejam infectadas, facilitando a disseminação do CORONAVÍRUS. Em outras palavras, há um genocídio em curso, quando os hospitais estão com as UTI’s lotadas, e os trabalhadores da saúde e serviços essenciais sem a testagem. O tema do genocídio foi pautado inicialmente pelo Supremo Tribunal Federal.
O Sindicato dos Metroviários se solidariza e apoia na íntegra as posições da Juíza Valdete Souto. O Brasil vai mudar quando pessoas que honram seu trabalho na defesa da justiça, da maioria do povo pobre e das classes menos favorecida levantarem sua voz contra esse sistema corrupto e genocida.
A divulgação ocorreu no sítio eletrônico “Democracia e Mundo do Trabalho em Debate”, em 20 de julho, e pode ser lida através do link http://www.dmtemdebate.com.br/por-que-e-possivel-falar-em-politica-genocida-no-brasil-de-2020/.