Contra as anunciadas privatizações de duas linhas do metrô paulistano, os metroviários de São Paulo decidiram paralisar as atividades nesta quinta-feira, dia 18. Nas estações, a categoria garantiu a não circulação dos trens nas primeiras horas da manhã. Os metroviários também protestam contra a terceirização de bilheterias, as demissões e o aumento no valor das tarifas. Segundo informações, a adesão à paralisação foi muito boa.
As privatizações não têm como interesse melhorar a qualidade do transporte. Em todo o país, o número de ocorrências prejudiciais aos usuários é maior nas linhas administradas pela iniciativa privada, que não tem compromisso com a qualidade. O compromisso dos empresários é com o lucro.
No contrato desenhado pelo governo do Estado, a empresa responsável pela administração da linha privatizada não terá prejuízos. Caso a demanda de passageiros fique abaixo do estipulado, o governo se compromete a compensar a concessionária pelos passageiros não transportados. Uma verdadeira galinha dos ovos de ouro.
Os metroviários suspeitam também que o processo licitatório é viciado. Exige, por exemplo, que a futura administradora tenha experiência e capacidade comprovada de transportar, em média, 400 mil passageiros ao dia. Essa exigência retira da disputa todas as administradoras dos modais federais.
A suspeita aumenta quando apenas uma empresa, no caso a CCR, fez estudos de viabilidade econômica junto ao Metrô de São Paulo. A CCR atualmente é detentora, por 30 anos, dos direitos de operação da Linha 4 – Amarela, em São Paulo, e do sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, na Bahia.
Fomos surpreendidos nesta sexta-feira, 1º, com a inusitada desmarcação da Greve Nacional contra a Reforma da Previdência prevista para o próximo dia 5. Consideramos um equívoco a suspensão da greve pelas maiores centrais sindicais do país – CUT, UGT, FS, CSB e NCST – sem apontar um calendário que dê continuidade à luta contra esse grave ataque aos trabalhadores.
Estas centrais, lamentavelmente, estão sendo pautadas pelo governo do ajuste fiscal e pelo sistema financeiro. Desta forma, cometem um erro que não conta com o respaldo da CSP Conlutas, central sindical a qual o sindicato é filiado.
O recuo ocorre no momento em que o governo Temer encontra dificuldades para obter os votos necessários para aprovar o fim da aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. Acontece num período em que, na base das diferentes categorias, cresce a disposição de luta para realizar uma forte Greve Nacional que derrote definitivamente a Reforma da Previdência.
O Sindimetrô/RS não compactua com este recuo e aponta para a necessidade de manter a mobilização, com forte pressão nos deputados federais em suas bases e no Congresso Nacional. Agora não é hora de recuarmos, uma vez que o recuo do governo não é definitivo. Portanto, a reforma pode ser colocada em votação ainda em dezembro. Se isso ocorrer, chamamos todos os sindicatos e suas bases a paralisarem imediatamente o país.
Os metroviários do Rio Grande do Sul, reunidos em assembleia geral na tarde desta sexta-feira, 1º, decidiram manter a mobilização contra a Reforma da Previdência. A assembleia não foi encerrada. Segue aberta, com nova reunião na segunda-feira, 04, às 15h, no sindicato.
A decisão da categoria foi tomada instantes depois de as maiores centrais sindicais do país – CUT, UGT, FS, CSB e NCST – recuarem na realização de uma Greve Nacional contra a reforma pretendida pelo governo Temer marcada para terça-feira, 05 (veja nota do sindicato).
A assembleia deliberou pela realização, no dia 05, de um buzinaço. A categoria irá trabalhar sem uniforme e distribuirá material denunciando o golpe destas centrais sindicais contra a organização dos trabalhadores e apontando os principais ataques contidos na proposta de reforma em tramitação no Congresso Nacional.
Barrar a Reforma da Previdência está nas nossas mãos. Compareça à Assembleia Geral Extraordinária marcada para sexta-feira, dia 1º, na sede do sindicato, às 15h, para discutirmos a participação da categoria na Greve Geral convocada pelas centrais sindicais.
O governo Temer tenta convencer a população brasileira de que a reforma é necessária e “combate privilégios”. É preciso desmascarar todas as mentiras do governo e mostrar à sociedade o quanto prejudicial é essa reforma para os trabalhadores.
Participe da assembleia! A sua aposentadoria e a das gerações futuras – filhos e netos – está em jogo.
Não podemos permitir que Temer e um Congresso corrupto acabem com o direito do trabalhador se aposentar após anos de trabalho e de contribuição.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Estado do Rio Grande do Sul – SINDIMETRÔ/RS, por seu Presidente, no uso das suas atribuições legais e estatutárias, CONVOCA seus associados para Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada na Sede do Sindicato, na Rua Monsenhor Felipe Diehl 48, Bairro Humaitá – Porto Alegre, no dia 01 de dezembro de 2017, com primeira chamada ás 15h e em segunda e última chamada as 15:30 para atender a seguinte ordem do dia:
Formas de mobilização para o Dia Nacional de Lutas 05 de dezembro de 2017, atendendo convocação das Centrais Sindicais, deliberando inclusive sobre paralisação ou não dos serviços.