A atual administração da Trensurb demonstrou ontem toda a sua falta de disposição para negociar com os(as) metroviários(as). Em duas reuniões realizadas no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), rejeitou a contraproposta aprovada em assembleia geral e apresentada na terça-feira, 24. Ao final do dia, a Trensurb recorreu da decisão judicial que mandou aplicar os 4,05% sobre os salários do ano passado, negando-se a pagar o valor da inflação.

A empresa quer negociar de forma unificada os acordos coletivos de 2017 e 2018, ignorando o período de um ano de atraso na correção dos vencimentos da categoria. Com o intuito de deixar a categoria esperando e acalmar o movimento de greve, a Trensurb insiste em aplicar o índice nos salários somente daqui a 90 dias. Essa estratégia, porém, não teve o acordo da direção do Sindimetrô/RS e foi rejeitada em assembleia.

O Sindicato orienta a categoria a seguir mobilizada e garante a radicalização do movimento caso a administração da empresa mantenha a postura adotada até o momento. Atividades de mobilização e pressão estão sendo preparadas para os próximos dias.

Se não houver nenhum sinal de mudança na postura adotada pela Trensurb até aqui, o estado de greve aprovado na assembleia pode se transformar em sequentes paralisações ou na realização de uma greve por tempo indeterminado.