A liberação de 50 doses da vacina contra a covid-19, para os metroviários da segurança da Trensurb é uma vitória da categoria. A paralisação de uma hora em 20 de abril, a manifestação de 24 de março e outras pressões pela vacinação da categoria surtiram efeito. A avaliação é do Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul.

Para o presidente da entidade, apesar de o número representar apenas 10% dos funcionários da linha de frente, é uma conquista a ser comemorada: “Estamos parcialmente felizes. A vacinação tem que ser para todos os metroviários e metroviárias”, disse Luís Henrique Chagas.

Em fevereiro o Sindimetrô/RS sugeriu à direção da empresa, que as vacinas fossem fornecidas pelas prefeituras, das seis cidades atendidas pelo trem. Em 24 de março foi protocolado um pedido nesse sentido na prefeitura da capital. Na mesma data houve uma manifestação na estação Mercado, com a liberação das catracas.

Em 20 de abril a categoria fez uma paralisação de uma hora, das 5h às 6h. O protesto foi pela morte de quatro colegas e pelo elevado índice de contaminação na empresa. Mais de 250 tiveram contato com o vírus e 90 estavam afastados.

A mobilização da categoria é pela vacinação de todas as pessoas que precisam sair de casa para trabalhar.

Mas, pela atitude do governo Bolsonaro, a vacinação em massa ainda vai demorar muito: “A mobilização tem que continuar, antes que mais 400 mil vidas sejam perdidas, pelo negacionismo do governo”, alertou Chagas.

A secretaria da saúde de Porto Alegre incluiu 58 metroviários da segurança, na lista de vacinação. Eles entraram na prioridade da segurança pública, devido ao contato direto com o público.

Fotos: os seguranças Almada e Marcelo recebendo a 1ª dose.